Coronavírus, o novo ataque

A recém-descoberta variante é a sétima identificada pela ciência

A nova preocupação planetária tem sido o surgimento de uma nova cepa, ou variedade, do coronavírus que causou a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS, sua sigla em inglês), em 2002, na China continental. Trata-se do 2019-nCoV, cujo surgimento deu-se em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, desde dezembro passado, desencadeando a apreensão mundial.

Os coronavírus têm esse nome por terem o formato aproximado de uma coroa (corona, em latim) e são conhecidos desde 1960 pela ciência. Constituem uma grande família de vírus que incluem desde os responsáveis por simples resfriados até a SARS, cuja cepa é o CoV. A recém-descoberta variante é a sétima identificada pela ciência.

Medidas de isolamento e controle têm sido aplicadas pelo governo chinês na região de Wuhan e arredores, estendendo-se por aeroportos de todo o mundo, no intuito de evitar a propagação da doença. Esta pode ter-se originado no mercado de frutos do mar e animais vivos da cidade, onde são vendidos, entre outras espécies, morcegos e serpentes, consumidas pelos chineses. Os coronavírus podem ser transmitidos de animais para o homem. Em caso de contaminação humana, podem passar de pessoa a pessoa.

Na China, hospitais vêm sendo construídos rapidamente para atender a demanda de pessoas infectadas. Foram comprovados, no país, mais de 7.800 casos da doença e este número continua subindo, assim como o de vítimas fatais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e os médicos infectologistas vêm orientando as pessoas, sugerindo-lhes a adoção de hábitos básicos como lavar as mãos, tapar o nariz ou a boca ao espirrar ou tossir, manter os ambientes ventilados e evitar contato com animais selvagens. O momento exige cuidados especiais.

Gilson Barbosa
Jornalista


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