Cenário eleitoral

O cenário dos candidatos à Presidência da República está formado. É claro que o futuro próximo pode reservar algumas surpresas, o que já se visualiza, detalhadamente, por análises, uma vez que paira certa indefinição quanto a um dos mais famosos nomes do pleito. O modelo de principais polos segue sendo o mesmo. Só que desta vez existe, por assim dizer, uma definição mais clara, mais bem explicitada no que se refere à identidade própria de defesa de propostas e ideias, nos principais lados. 

Consequentemente, também o público eleitor se delimitará bem, conforme o seguimento em que acredita. E se essa delimitação expressa opostos bem definidos, há uma considerável divisão, um País dividido. Certas posturas que se colocam à disposição do eleitorado servem por si só de alerta. Parece que a perpetuação do modelo político vigente encontra apoio em velhos discursos que se apresentam como novidade, numa diversidade de tons que muito se aproximam da originalidade.

A desenvoltura presente, mesmo em posturas que agora emergem, se desenvolve numa aparente tentativa de aproximação de posições famosas já conhecidas, o que reforça a ideia da variação tonal, dessa vez refletida num dos polos.  A força, ou seja, o apoio necessário para a governabilidade na configuração atual se situa como um fator importante. E vale ressaltar que figuras afamadas são nesse quesito desfavorecidas. Aí surge o impasse de como se dará nesse sentido um possível governo. Infelizmente, a manutenção do favorecimento dos que mais possuem poder e acordos permanece uma constante que parece ditar as regras do jogo.

Felipe Augusto Ferreira Feijão - Bacharel em Filosofia