Câncer colorretal

O câncer colorretal constitui-se atualmente em um dos tipos mais frequentes, sendo o segundo nas mulheres, após o câncer na mama e o terceiro nos homens, após o câncer de próstata e pulmão. De uma maneira geral, aproximadamente 50% das pessoas acometidas pelo câncer colorretal tornam-se curadas após o tratamento cirúrgico, podendo ser ou não associada a radioterapia e quimioterapia, dependendo do grau da lesão. No entanto, a opção ideal para se obter a cura é através do diagnóstico precoce ou até mesmo pela identificação de lesões ainda na forma benigna que podem ser ressecadas, evitando assim que se transformem em câncer.

Com este objetivo, inúmeros projetos têm sido desenvolvidos orientando a população para realizarem os devidos exames preventivos. O câncer colorretal incide mais frequentemente a partir dos 50 anos de idade. Portanto, para prevenir a doença, é recomendado realizar um exame endoscópico (colonoscopia) em todas as pessoas a partir dos 50 anos de idade e quando já existe câncer na família, recomenda-se realizar a primeira colonoscopia aos 40 anos de idade pois ao detectar a presença de lesões ainda benignas (pólipos), já são ressecados durante o próprio exame endoscópico ou se já houver malignização, o tumor será identificado na fase inicial e portanto curável com o tratamento instituído.

Os tratamentos para o câncer colorretal estarão em discussão em Fortaleza, entre os dias 19 a 21 deste mês, durante o 68º. Congresso Brasileiro de Coloproctologia sob a coordenação da Dra Sthela Regadas e com participação de 1.200 cirurgiões coloproctologistas brasileiros e 23 convidados internacionais, ocasião em que serão discutidos profundamente os critérios para prevenção e tratamento deste câncer, objetivando-se estimular ao máximo os programas preventivos no sentido de elevar o número de diagnóstico precoce e consequentemente obter-se maior índice de cura para estes pacientes.

Francisco Sérgio P. Regadas Filho

Coloproctologista


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