Cada um tem sua história

Cada pessoa tem sua história única e pessoal. Todos somos potencialmente escritores, com ou sem livros ou com livros guardados no íntimo do coração. São páginas de lembranças, de sofrimentos, de alegrias, de vitórias e derrotas, de vida e de morte. Ser romancista é saber tirar da própria vida os personagens ou ir apanhá-los onde se encontram - no cotidiano dos dias. Umas histórias são densas e mais pesadas, outras se situam no campo do trivial, sem grandes atos de heroísmo. 

Em cada livro escrito, seja de poesia, de conto, de crônicas, muito da vida do autor, do seu pensamento e do seu sentir, estão ali gravados de forma não tão direta, mas subliminarmente ou pelas palavras dos personagens. Já a poesia é mais reveladora do sentir e do pensar do poeta, pois deita raízes no coração e se exterioriza no poema. Muitas pessoas são potencialmente autoras de grandes histórias de vida, embora sem livros publicados, mas grandes protagonistas de novelas, de contos, capazes de emocionar e de encher páginas e páginas de livros “Cem Anos de Solidão”, de Garcia Márquez, por exemplo, conta a história de sua família Buendía, na fictícia cidade de Macondo. 

Com esse livro, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 1982. No Brasil, de tantos sofrimentos e heroísmo do seu povo, quantos fatos da vida diária, dos desafios pela sobrevivência, não poderiam ser transformados em verdadeiras obras-primas da Literatura, se devidamente apurados e pesquisados e trabalhados pelas mãos habilidosas de grandes artistas, incluindo escritores, pintores, produtores de cinema e outros mais? 

Conheço histórias de vida dignas de serem reveladas para o mundo, tal a intensidade dos dramas, dos desafios, das costuras do destino. Cada passante leva consigo uma história inédita, só conhecida e vivida por ele. Os artistas sabem transformá-la em obras de arte imortais.


Assuntos Relacionados