Batalhão Norfolk

Manhã de 21 de agosto de 1915. Céu limpo, apenas seis a oito pequenas nuvens. Península Turca Gallipoli. Batalha de Gallipoli ou dos Dardanelos. 5º Batalhão do Regimento Norfolk, do Reino Unido. Primeira Guerra Mundial. Cenário de acontecimento jamais desvendado. Desde março daquele ano, tropas aliadas tentavam a conquista da península. Naquele dia, na baía de Suyla, 22 formadores do corpo de engenheiros neozelandeses, instalados em posição elevada, observavam a tentativa de tomada da Cota 60 pelo Comando Unido da Austrália e Nova Zelândia (CUANZ). Descreveram o estranho aparecimento de uma nuvem, densa e diferente, de aproximados 200 metros de comprimento, descendo e cobrindo o leito seco de um rio próximo da área. Logo após, surgiram os 267 soldados britânicos no local, avançando no apoio ao CUANZ. A unidade, marchando, penetrou na espessa neblina a sua frente, até o último dos combatentes desaparecer da vista das testemunhas. Aos poucos e vagarosa, a nuvem elevou-se, juntou-se às outras, tomou rumo contrário ao vento e sumiu por completo no espaço. Depois do ocorrido, não mais foram avistados integrantes do Batalhão, nem armas, nem equipamentos. Finda a conflagração, a Grã-Bretanha pediu à Turquia a libertação, crendo ter sido o mesmo aprisionado ou dizimado. Fez-se surpresa quando os turcos afirmaram nunca ter capturado nenhum grupo militar, vir ou ouvido falar no regimento ou batalhão. O Museu de Guerra, em Londres, registra documentalmente o sucedido, oficializando o misterioso caso, motivando conjecturas para explicar o inexplicável.

Geraldo Duarte
Advogado e administrador