Pais e filhos
Antecipo-me às comemorações do próximo dia 12 de outubro - e o faço na primeira pessoa, homenageando o Dia da Criança, no sentido afetivo, sentimental e pessoal desta data.
Na dedicatória de um livro para meu filho Eduardo, escrevi: "Júnior, os filhos nunca crescem para os seus pais. Continuam sempre crianças. É assim que me lembro de você".
Quantos papais dizem o mesmo hoje para os seus filhos, neste Dia da Criança.
Independentemente de idade, de posição, os filhos continuam sendo para os pais as mesmas crianças de ontem - puras, inocentes, portadoras de luz em plena claridade, e a alegria da casa.
Muitos batem as asas em busca de outros ninhos e até esquecem os seus genitores. Quando não os colocam em asilos, sob os mais diversos pretextos. Privados do afeto filial, de uma lembrança ou de uma simples visita ao abrigo da solidão onde foram jogados, os pais nunca esquecem dos seus filhos, e sempre os veem pequeninos, "pois os filhos nunca crescem para os seus pais. Continuam sempre crianças"...
Nesta altura da vida, às vésperas dos 74 anos, semelhando o pastor Luther King, ainda tenho sonhos.
Sonho ver minha futura netinha nascer, a Maria Eduarda. Sonho ver meu filho Ulysses, o pai, ascender a comandante na Gol e participar da solenidade. Sonho casar a filha-neta Larissa e dela receber nos braços o primeiro bisneto.
Sonho comemorar as Bodas de Ouro matrimoniais, em maio do próximo ano, coroando longa travessia. Sonho festejar as 15 primaveras da netinha Lara. E publicar mais alguns livros.
Ao fim e ao cabo, estarei a postos de malas prontas para empreender a viagem final.
Eduardo Fontes
Jornalista e Administrador
Procedimentos estéticos em xeque
O brasileiro, cada vez mais, está em busca de melhorias estéticas.
Vaidade, recuperação da autoestima, modismo ou distúrbio comportamental? Os motivos são os mais diversos possíveis.
Porém, este movimento já se traduz em números. O País ocupa, hoje, o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, atrás apenas dos Estados Unidos.
No entanto, com tantos procedimentos sendo conduzidos diariamente, muitas vezes em ambientes inadequados e com produtos de baixa qualidade, estamos assistindo, infelizmente, a uma sucessão de erros assustadores e de casos que vêm culminando em mortes de pacientes.
Mas como evitar essas tristes consequências? Muito se fala da falta de qualidade dos profissionais que estão aplicando essas técnicas, mas acredito que outros fatores estão estimulando esta barbárie.
Produtos não autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, estão sendo utilizados sem suporte de uma equipe capacitada ou de uma infraestrutura hospitalar para o caso de haver algum imprevisto.
E, ainda que, grande parte da culpa dos incidentes seja desses supostos especialistas, o paciente também deve checar as informações atribuídas ao médico, além de ainda procurar buscar referências em órgãos reconhecidos (não apenas nas redes sociais!).
Os procedimentos estéticos são excelentes! O avanço nesta área é impressionante. Em minha carreira, como cirurgião plástico, vi pessoas recuperarem a sua autoestima por conta de um simples preenchimento e mudarem as suas trajetórias de vida.
Porém, é preciso cuidado. Como em todo o setor, há maus profissionais em busca de incautos.
Portanto, antes de tomar uma decisão, conheça seus limites e informe-se, e muito!
Alieksiéi Carrijo
Cirurgião plástico