Aplicativos de fertilidade

É fato que a tecnologia está em todas as partes. Agora, até mesmo para controlar a menstruação ou ovulação das mulheres. Ao contrário do que se pensa, esses aplicativos que cuidam da saúde íntima feminina podem mais atrapalhar do que ajudar. Em muitos casos, o casal fica refém deles e só fazem a prática sexual quando há possibilidade de ovulação. No entanto, precisamos entender que nem sempre os aplicativos poderão ser certeiros nesses dias que indicam a ovulação, até porque podem ter variações de dois a três dias por conta da própria saúde íntima na mulher. Quando se está tentando engravidar, é preciso realizar o ato sexual pelo menos três vezes por semana, independentemente do que indicam os aplicativos. É mais rápido e prático, além de estar inserido em um meio que todo mundo hoje manuseia: o celular. No entanto, existem outros fatores que podem impedir uma gravidez de ocorrer e que os aplicativos não são capazes de identificar. Para as mulheres que têm ciclos irregulares ou que não ovulam ao mesmo tempo todos os meses, por exemplo, recursos como este não funcionarão. Como exemplo, temo o casos de um hospital em Estocolmo. Lá, entre setembro e dezembro de 2017, 37 das 668 mulheres que buscaram orientação médica para aborto declararam usar um app para prevenir a gravidez. O mesmo pode ocorrer para mulheres que querem engravidar: elas podem não engravidar devido a um erro no app. Não podemos fugir da tecnologia. Os aplicativos podem ajudar, contanto que o casal não se baseie apenas por eles. A internet está repleta de conselhos sobre fertilidade, mas é importante ressaltar que a tecnologia também não deve tomar o lugar do profissional ginecologista ou médico especialista em reprodução humana, os dois devem caminhar em conjunto. Encontrar soluções que alinham as tecnologias e a sabedoria profissional pode ser a saída ideal para os casais que desejam construir uma família.