Afinal, quem era Colombo?

Tecelão genovês, bastardo português, espanhol, grego, almirante e corsário a serviço da corte lusitana? Estudiosos lusos buscam a realidade acerca de Cristóvão Colombo ou Cólon (1451 - 1506). Dificuldade no deslindar do debate reside no fato de o navegador não ter escrito sobre si, nem assinado documentos.

O professor de Engenharia Fernando Branco, do Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa, destaca-se como investigador da identidade e da vida do descobridor da América. Autor de “Cristóvão Colón, Nobre Português”, livro de 2012, conclui ser o mesmo corsário Pedro Ataíde, natural de Coimbra.

Na exposição, afirma achados túmulos da família dos Ataídes, em Castanheira do Ribatejo.

Na Universidade de Coimbra, a antropóloga forense Eugénia Cunha aguarda a exumação de restos mortais, visando a estudo de DNA, pois já identificados ossos de um Ataíde, morto há quinhentos anos e existir material genético de Fernando, herdeiro do navegante.

Em “História del Almirante Don Cristóbal Colón”, de Fernando Branco, as origens não têm registros, o diz italiano e nascido em 1451.

Para Mascarenhas Barreto (1923 – 2017), historiador, romancista e tradutor, Colombo era filho espúrio de D. Fernando, irmão de Afonso V.

Mais historiógrafos existem a confundir, apresentando sucedidos díspares. Lucio Marineo Siculo (1460 - 1533), contemporâneo do marítimo, indica um Pedro Colon, sob ordens dos reis católicos. Também referências a um pirata de nome Pedro Culão (ou Colon) encontram-se em queixas de mercadores venezianos ao monarca de Portugal.

No filme “Cristóvão Colombo - O Enigma”, produção franco-lusitana do cineasta Manoel de Oliveira, lançado em 2007, novas polêmicas são acrescentadas. Inclusive, mostra o protagonista oriundo de Cuba, Portugal, e não de Gênova, Itália.

Ainda são oferecidos outros berços e denominações ditos do nauta.