Administradores

Virou profissão de segunda categoria aos olhos do governo federal. Um verdadeiro atentado à isonomia, através da Lei 12277/10, que criou uma estrutura remuneratória especial, beneficiando engenheiros, economistas, geólogos, estatísticos e arquitetos, deixando de fora os administradores. Sepultaram o art.5º da Constituição. Passados dois anos a inércia das entidades representativas aliada a indiferença da classe política é o que se vê. Um atentado a uma profissão que é a base de qualquer sistema organizacional. Todos os demais dependem das atividades de coordenação, controle, planejamento , execução, liderança e avaliação, que são de responsabilidade dos administradores. Estes são preparados para tomar decisões, que repercutem no âmbito organizacional, nesse emaranhado complexo em que se transformaram as organizações. Quem consegue mensurar os serviços já prestados pelos administradores no Executivo? Além do mais, uma organização não funciona apenas com 5 categorias privilegiadas. O governo e a classe política mostram, diante do fato, que enxergam as situações como iguais ou desiguais de modo relativo, sob certos aspectos. Consideram a isonomia conceito abstrato e formal. Senhores políticos, desatem o nó que ajudaram a dar. Que a presidente Dilma com seu senso de justiça e ética, demonstrados diariamente, promova a isonomia e devolva aos administradores o seu devido lugar para o bem dos entes que formam o Executivo federal.

Cláudio Lima
Administrador