A vida em primeiro lugar

Dados recentes divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) apontam que a arrecadação do segmento de seguros de vida em 2018 foi R$ 5 bilhões superior à de seguro de automóveis. Esta análise refere-se aos planos de risco, ou seja, morte e invalidez, sem contabilizar os planos de PGBL e VGBL, ambos produtos previdenciários.

Ter dedicado grande parte da minha vida a esta indústria me legitima a trazer algumas questões. Primeira: o brasileiro está despertando sobre a importância de ser previdente. Estima-se que, nos Estados Unidos, 70% da população têm, pelo menos, uma apólice de seguro de vida. No Brasil, este número não chega a 10%.

Mas você deve imaginar que o brasileiro não tem a renda do americano. Isto é verdade e leva ao segundo ponto: o mercado de seguros se modernizou muito nos últimos anos. Mérito das seguradoras, corretores e da Superintendência de Seguros Privados. Novas coberturas foram criadas, como resgatáveis e doenças graves. No entanto, destaca-se o desenvolvimento do microsseguro.

Outro fator essencial para este resultado é a estabilidade econômica, conquistada com a adoção do plano Real, em 1994. Hoje, mesmo com saltos, como vimos em 2005 e 2015, a inflação está em patamar esperado.

Último ponto: a crise. Ela é relevante para o mercado. A Mongeral Aegon atua na distribuição de seguro de vida de forma individual, o que nos permite apurar o sentimento das pessoas e a motivação para a contratação deste produto. O que temos ouvido é a preocupação com a manutenção da própria renda ou da família em caso de morte, invalidez ou doença grave.

Acredito na manutenção desta tendência de crescimento do mercado de seguro de vida nos próximos anos. Não existe seguro mais ou menos importante. É preciso pensar naquilo que há de comum nos bens - seja celular, automóvel ou casa: a vida do próprio indivíduo.


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