A humanidade não muda

Seria de esperar que, com o passar do tempo, os percalços da vida nos ensinasse a prever o futuro. Revendo a história, entre 1347 e 1351, a peste negra levou 75 milhões de seres humanos; entre 1485 e 1551, na Inglaterra, a "doença do suor" atribuída a pulga do rato, foi um desastre; entre 1918 e 1920 fomos abalados pela terrível Gripe Espanhola, que ocasionou mais de 50 milhões de mortes em todo mundo; Varíola, HIV/Aids, Malária, Ebola e outros vírus estão por aí.

No Brasil, nosso ex-presidente Rodrigues Alves foi uma das vítimas. O que aconteceu depois: grandes investimentos dos países ricos que deveriam ser canalizados massivamente para a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, bem como, incentivando cursos, laboratórios e pagamento de cientistas, não foram considerados prioritários.

Fácil é fazer uma projeção de que outras pandemias certamente irão ocorrer futuramente mas, os países como Estados Unidos, Rússia, China, Coreia do Norte e outros, gastam bilhões de dólares no desenvolvimento de bombas, mísseis, foguetes, canhões, tanques e outras formas mais eficazes para destruir o ser humano. É fácil calcular quanto se gasta em uma pequena festinha junina. Quanto custa um rojão, uma bombinha.

Quanto deverá custar um navio de guerra ou um avião supersônico? É triste somente em pensar que não aprendemos com o passado. Há cinco mil anos nossos antigos dirigentes já tinham este comportamento (construir castelos nos altos das montanhas e comprar equipamentos para destruir o seu inimigo). Parece que nada mudou nestes últimos anos.

Será que nós, sem nenhuma influência nas decisões de líderes mundiais deveríamos estar preocupados, com a política que eles adotam? Acredito que não. A humanidade, até hoje, não mudou e pelo andar da carruagem nada vai mudar. Lamentavelmente.

Raul Lamas
Assessor do Sindicato dos Hospitais


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