A força do BNB e do FNE

Fiel às suas características originais, o BNB promove o desenvolvimento regional e exerce múltiplas funções. Instalado em janeiro de 1954, o Banco fez sua primeira operação de crédito em junho daquele ano, quando sua principal fonte de recursos era o antigo Fundo das Secas, instituído pela Constituição de 1946. Já em 1964, o Banco operava com depósitos provenientes do 34/18 da Sudene, mas não possuía uma linha estável de recursos. A partir da Constituição Federal de 1988, diante das desigualdades econômicas entre as macrorregiões brasileiras, estabeleceu-se a criação dos Fundos Constitucionais de Financiamento. Tal medida direcionava 3% do produto da arrecadação de impostos para aplicação nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, através de seus Fundos específicos.

Desse modo, o FNE tornou-se uma fonte de recursos estáveis e imprescindíveis para financiamentos de médio e longo prazo, aplicados pelo BNB, com prevalência para o semiárido. À margem de pressões conjunturais, econômicas ou políticas, a aplicação do FNE beneficia todos os estados nordestinos, desde o Maranhão até a Bahia, o Norte de Minas Gerais, e parte do Estado do Espírito Santo. O gerenciamento do FNE pelo BNB é realizado com extrema seriedade, e apresenta crescimento substancial, alcançando o montante de R$ 30,3 bilhões em aplicações no ano de 2018. Para o ano em curso, o investimento do BNB para Micro e Pequenas Empresas (MPEs), com recursos internos e do próprio FNE, já apresenta um crescimento de 68,5% em relação ao ano anterior.

Pela importância do BNB e do FNE para o Nordeste, é imperativa a união de toda a sociedade civil, da classe política, dos trabalhadores e empresários, do campo e das cidades, pela preservação e manutenção do Banco do Nordeste e do FNE. Não pode mais existir Nordeste sem o BNB, nem BNB sem o FNE.


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