Sebrae na Copa terá R$ 3,7 mi para o Estado

Escrito por Redação ,
Legenda: Os RESTAURANTES estão entre os setores que devem ser beneficiados com a realização do mundial em Fortaleza
Foto: FOTO: J. LUÍS
Programa Sebrae na Copa de 2014 investirá, pelo menos, R$ 3,7 milhões no Ceará até o ano do mundial

Construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo. Esses quatro setores da economia oferecem 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da próxima Copa do Mundo, dentre elas, Fortaleza. Essa é a constatação do "Mapa de Oportunidades para as Micros e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede", divulgado ontem pelo Sebrae Nacional.

O trabalho é uma das ações previstas no Programa Sebrae na Copa de 2014, que receberá investimentos de, pelo menos, R$ 3,7 milhões no Ceará. Desse total, R$ 3 milhões são recursos oriundos do Sebrae Nacional e R$ 700 mil são a contrapartida do Sebrae/CE.

Recursos

No Brasil, os recursos somarão R$ 79,3 milhões e serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados, como o Sebrae Mais, Sebraetec, Agentes Locais de Inovação (ALI) e Centrais de Negócios. Segundo o superintendente do Sebrae/CE, Carlos Cruz, todas as ações feitas pelo órgão serão no intuito de fazer com que as micros e pequenas empresas continuem atuando de forma qualificada, mesmo após o evento futebolístico.

"Já temos um plano de ação pré-estabelecido. Ainda vamos receber os recursos para podermos correr atrás das capacitações aqui no Estado. Em julho, deveremos estar com esse mapeamento todo pronto, que apontará o perfil dos empresários e identificará exatamente onde iremos atuar", afirmou o superintendente do Sebrae/CE.

Conforme o mapeamento do Sebrae Nacional, encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), haverá possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos antes, durante e após o grande evento esportivo.

Alguns exemplos são as agências de viagens emissivas e de receptivo, fornecedores de uniformes, empresas de terraplanagem, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas, comércio de reparação e manutenção de equipamentos de comunicação, empresas de Internet e infraestrutura de tecnologia da informação (TI), produção de artesanato, design de produtos e embalagens, fornecedores de material e mobiliário de escritório.

Legado

Além da realização de negócios, o Programa Sebrae na Copa 2014 aproveita o impulso do evento esportivo para trabalhar no desenvolvimento das micro e pequenas empresas. "A ideia é permitir que elas ocupem um espaço maior na economia, não apenas no período até 2014, mas no futuro. Atualmente, 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas e respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países como a Alemanha, a participação no PIB chega a 40%", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Entre as ações para o mundial, está prevista, inicialmente, a capacitação de 7,7 mil empreendimentos avançados (com mais de dois anos de funcionamento) nas 12 cidades-sede.

MINISTRO AFIRMA
´Prestador de serviço é prioridade´

Treinamento da linha de frente do setor será prioridade até 2014. Ministro foca esforços no estudo do inglês

A três anos para o início da Copa 2014, o trade turístico se apressa para buscar qualificação profissional adequada ao evento. Os prestadores de serviço da linha de frente do setor, aqueles que estão em contato direto com o turista (taxistas, recepcionistas, guias, etc) são prioridade, de acordo com o Ministro do Turismo, Pedro Novais. Ele foi um dos pilares do debate de lançamento do Programa Nacional Senac na Copa, transmitido ao vivo na tarde ontem, via teleconferência, para mais de 300 pontos fixos de recepção em todo o país.

Em Fortaleza, o auditório do Senac Centro, esteve lotado. Um público de mais de 500 pessoas, entre empresários, alunos dos cursos e parceiros do programa, estiveram atentos às estratégias e demandas existentes para o evento futebolístico.

Novais, destacou a importância do treinamento focado em línguas estrangeiras. "A expectativa é de que cada um dos que vão receber e trabalhar direto com os turistas estrangeiros possam manter um diálogo em pelo menos dois idiomas: inglês e espanhol. Nossos esforços estão voltados para essa questão".

A mestre de cerimônia Malu Cavalcanti já entendeu que precisa do inglês para ter uma vaga garantida na seleção de profissionais que trabalharão na Copa do Mundo 2014. Há dois anos matriculada no curso de línguas regular do Senac, ela diz que, mesmo tendo concluído apenas o básico do curso, o cachê para apresentar eventos já dobrou e a oferta de trabalhos também. "Antes eu apresentava um evento por semana, agora chegam à dois ou três. Meu objetivo é apresentar os jogos da Copa aqui no Estado", diz.

O ministro ainda afirmou estar confiante do aproveitamento de toda a mão de obra qualificada que será gerada em função da Copa. Só no Senac, são mais de um milhão de matrículas certificadas ofertadas no Brasil. "O patrimônio que a Copa deixará vai nos assegurar um bom crescimento. Hoje 3% do PIB brasileiro advém do turismo. Até o fim da década, nós pretendemos impulsionar o setor para que essa fatia cresça à 8%. Isso demanda mais investimentos, portanto mais profissionais", garante.

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