Produtores do Sul oferecem ajuda para conter febre suína no Ceará

Destaques na criação de porcos, Santa Catarina e Rio Grande do Sul colocaram à disposição do Ceará um fundo para indenizar criador que perdeu, até agora, 112 cabeças em Forquilha.

Escrito por Redação , negocios@diariodonordeste.com.br

A morte de 112 porcos por Peste Suína Clássica (PSC) em Forquilha, na Zona Norte do Ceará, fez com que dois dos maiores exportadores do produto no País unissem forças para minimizar os prejuízos no Estado. De acordo com o presidente da Associação dos Suinocultores do Ceará (Asce), Paulo Helder Braga, Rio Grande do Sul e Santa Catarina colocaram à disposição um fundo que possuem para indenizar criadores em situações como a que ocorreu no Ceará.

Os rebanhos afetados com a doença são todos de criadores de pequeno e médio porte. O presidente da Asce informou ainda que não foi calculado o prejuízo pela morte dos suínos no município cearense, mas estima que o valor do quilo do animal vivo esteja valendo em torno de R$ 3,40. "Nós iremos calcular. Rio Grande do Sul e Santa Catarina colocaram à disposição da associação nacional o fundo do qual dispõem para indenizar o criador no Ceará", afirmou, acrescentando que o Ceará não tem um fundo próprio.

A Associação de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) reforça que, entre as medidas adotadas após a confirmação da PSC, está uma barreira sanitária e o controle das fronteiras do Estado. "Quando acontece isso, não podem entrar ou sair suínos do Ceará", disse Braga, afirmando que o isolamento se estende por 10 quilômetros.

Apesar dos cuidados, não há previsão de quando a situação deve ser normalizada, segundo informa o presidente da Associação.

Na próxima segunda-feira (15), a Asce vai reunir com criadores no Ceará para discutir o trabalho de isolamento de rebanhos. "Até o momento, só se sabe de um produtor. Vamos providenciar e fazer o sacrifício, porque é uma doença viral e queremos evitar que ela se propague para outros estados", assegurou. Ele frisou, entretanto, que a PSC não oferece riscos aos humanos.

Atualmente, o Ceará conta com cerca de 25 criadores, dos quais a maioria é de pequeno e médio porte. Nenhum deles, segundo Braga, não era afetado pela doença há mais de 20 anos Estado. Ao todo, são 1,19 milhão de suínos no Estado. No País, o rebanho é de 41,09 milhões.

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