Plano para o NE sairá após aprovação de reforma da Previdência

Informação é do secretário especial da Fazenda, o cearense Waldery Rodrigues Júnior. O integrante da equipe econômica do novo Governo defendeu ainda a descentralização de recursos para estados e municípios

Escrito por Ingrid Coelho , ingrid.rodrigues@diariodonordeste.com.br
Legenda: Palestra debateu o panorama macroeconômico brasileiro, com menções ao Nordeste

Um plano com políticas direcionadas ao desenvolvimento da região Nordeste só deve ser explicitado após a aprovação da reforma da Previdência, de acordo com o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior. “Uma política regional mais diretamente implementada será explicitada após a aprovação da nossa principal proposta legislativa, que é a nova Previdência”, afirmou.

A declaração foi proferida durante palestra na manhã do último sábado (23) para alunos de ensino médio e da graduação em uma instituição de ensino em Fortaleza. O secretário frisou que o gasto previdenciário representa o maior impacto nas contas públicas. “É a mudança estrutural mais impactante. Dentro desse gasto público, o principal componente é o previdenciário e o segundo é o gasto com pessoal”, ressaltou Rodrigues Júnior.

Na avaliação do secretário, esses dois componentes precisam ser trabalhados, em especial a questão previdenciária, e em seguida, devem emergir as políticas de impacto regional. “Estão sendo desenhadas políticas de impacto regional, em especial para as regiões Norte e Nordeste, mas efetivamente olhando todas as outras cinco regiões”, disse o integrante da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro durante o evento.

Nascido e criado no Ceará, o secretário mencionou de forma elogiosa o governador do Estado, Camilo Santana. “Estive com Fernanda (Pacobahyba), secretária da Fazenda (do Ceará) e Camilo, e um dos pontos que elogiei foi o que ele trouxe da Universidade de Chicago para investimento na primeira infância”, destacou Rodrigues Júnior. Falou ainda que o Ceará possui “um capital humano muito interessante”. “Em termos de start-up e tecnologia, o Ceará é um dos melhores lugares do mundo para se investir. Nós temos um capital humano muito interessante”, afirmou.

Waldery Rodrigues Júnior destacou que o Nordeste possui “potencialidades e riquezas”, do ponto de vista do “capital humano e do capital físico”. O secretário lembra que as políticas que estão sendo desenhadas pela região ficam à cargo de “pastas setoriais, mas afetas ao tema”, citando o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) como exemplo.

Banco do Nordeste 

“Do ponto de vista da economia, é a alocação eficiente”, disse, mencionando o Banco do Nordeste. “O que se pretende, particularmente em relação ao BNB, que tem um forte impacto aqui no Nordeste e norte de Minas, é que haja uma gestão eficiente. Esse é um ponto importante”, disse Waldery Rodrigues Júnior.

Ele seguiu defendendo a descentralização de recursos de Brasília para estados e municípios. “Nós (governo) já estivemos em reuniões com os nove governadores do Nordeste e para todos eles falamos sobre políticas associadas ao crescimento e uso das capacidades locais de maneira eficiente. Dentre outras medidas, isso será potencializado quando tivermos um federalismo fiscal, já com medidas legislativas sendo desenhadas nesse sentido, descentralizando os recursos para os governos estaduais e municipais”, analisou ele.

“Uma desvinculação de receitas, desobrigação e desindexação no orçamento público levará aos nossos governos locais maior capacidade de gestão e isso é importante para todos os estados do Brasil. Será importante para o Nordeste também”, arrematou Rodrigues Júnior.

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