Surto de coronavírus vai derrubar vendas de automóveis em 2,5%, diz agência

Número foi revisado pela agência de classificação risco Moody's, que projetava uma queda de 0,9% para o ano

Escrito por Agência Folha ,
Legenda: Surto da doença afeta a demanda de automóveis e interrompe a cadeia de suprimentos automotivos
Foto: Agência Brasil

A venda mundial de automóveis em 2020 deve cair 2,5% devido ao surto do novo coronavírus. O número foi revisado pela agência de classificação risco Moody's, que projetava uma queda de 0,9% para o ano.

Até terça-feira (25), pelo menos 2.708 pessoas morreram, a maior parte delas na China -também houve mortes na Itália (11), Irã (11), Coreia do Sul (10), Cruzeiro Diamond Princess (3), Hong Kong (2), Filipinas (1), Japão (1), Taiwan (1) e França (1)- e mais de 77 mil mil tiveram confirmação da infecção em diversos países. Com uma ocorrência até aqui, o Brasil passa a ser o primeiro país da América Latina com um caso confirmado do novo vírus.

Segundo a Moody's, o surto da doença afeta a demanda de automóveis e interrompe a cadeia de suprimentos automotivos. A previsão para recuperação das vendas deve acontecer somente em 2021, com crescimento estimado em 1,5%.

"As vendas globais de veículos cairão 2,5% em 2020, diminuindo de uma queda de 4,6% em 2019, mas piorando do declínio de 0,9% que havíamos projetado anteriormente para este ano. As vendas se recuperarão apenas modestamente em 2021, com um crescimento de 1,5%", disse Falk Frey, vice-presidente sênior da Moody's.

A agência de risco avalia que as vendas de automóveis na China cairão 2,9% neste ano, desempenho mais fraco do que o projetado, quando era estimado o crescimento de 1% no setor para o país. As vendas nos EUA permanecerão fracas, enquanto as vendas de carros na Europa diminuirão em 2020, após uma demanda mais forte do que o esperado no final de 2019.

De acordo com a Moody's, o Japão será o único grande mercado automotivo a ter crescimento nas vendas unitárias, com vendas de veículos leves crescendo 0,4% em 2020. Isso segue um declínio mais acentuado do que o esperado de 1,4% em 2019, devido ao aumento do imposto sobre consumo no país e as interrupções na produção causadas por três grandes tufões.

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