Sete em dez investidores brasileiros ainda deixam o dinheiro na poupança

Baixa familiaridade com outros produtos é o que faz com que a maior parte deixe o dinheiro na caderneta

Escrito por Redação ,

Sete em cada dez brasileiros ainda preferem deixar o dinheiro parado na caderneta de poupança em vez de buscar alternativas que, na ponta do lápis, mostram-se mais rentáveis - dentro e fora da renda fixa. O dado é de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O levantamento entrevistou cerca de 700 investidores na primeira quinzena de agosto. Dentre as explicações para esse comportamento está a baixa familiaridade com produtos como CDBs, LCIs, CRAs e CRIs. 

"O brasileiro ainda tem muita dificuldade para entender os investimentos. O problema pode estar na falta de educação financeira e no desconhecimento de onde buscar informações para investir melhor", diz o coordenador do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisa da CVM, Rogério Oliveira, responsável pela pesquisa.

Ele aponta que, na hora de escolher como e onde investir, o gerente de banco figura como a fonte de informação mais confiável para 53% dos investidores. Entre os mais velhos, com mais de 55 anos, o porcentual é de 74%. 

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o investidor deve diversificar as fontes de informações e não depender exclusivamente do gerente do banco para orientar nas escolhas. "Investir envolve planejamento e conhecimento para discernir e fazer boas escolhas. Deixar que outras pessoas decidam por você é uma atitude ruim porque não incentiva o aprendizado."

Já os mais jovens buscam na internet as dicas para investir. Na web, 44% dos investidores procuram informações em canais de youtubers e influenciadores.

Bancos
Os responsáveis pelo setor de investimentos do Itaú, Santander e Banco do Brasil destacam que as recomendações de investimentos respeitam o perfil de cada cliente. 

A dificuldade para oferecer produtos além da poupança, relatam, é não ferir, em nome da rentabilidade, aspectos como tolerância a risco e necessidade de liquidez.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados