Redução da Selic: veja quais são as melhores opções de investimentos

Tendência de alta ou de baixa da taxa baixa de juros também deve ser levada em conta pelo investidor

Escrito por Samuel Quintela , samuel.quintela@diariodonordeste.com.br
Legenda: A taxa básica de juros brasileira é definida em reunião do Copom, que acontece a cada 45 dias, baseada no cumprimento da meta de inflação.
Foto: Foto: Arquivo

Com a redução da taxa básica de juros para 5,50% ao ano, na última quarta-feira (18), a expectativa de melhora na economia volta a aparecer no mercado nacional. E a decisão também impacta as opções de investimento em renda fixa, como os títulos da dívida pública. Mas com o enfraquecimento da opções em renda fixa, quais as melhores opções de investimento agora?

Segundo especialistas, é importante ficar atento aos indicadores de rendimento e à tendência de novas reduções ou altas da taxa básica.

Taxa Selic baixa é bom ou ruim?

A Selic em um patamar baixo não é necessariamente ruim, mesmo para as opções de renda fixa. É importante também estar atento também às tendência de alta ou baixa da taxa baixa de juros.

Se a perspectiva é de que a Selic caia novamente, é importante buscar opções de títulos da dívida com as taxas pré-fixadas, que garante o retorno a partir dos juros no momento da compra do título. Se os juros está em 14% e o Copom decidir reduzir a taxa básica, por exemplo, o retorno será relativo ainda aos 14%.

Mas caso, a perspectiva seja de aumento da Selic, é importante buscar opções pós-fixadas, que oferecem retornos com a taxa Selic no momento do resgate do investimento.

LCIs e LCAs

O economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon-CE), Anderson Passos Bezerra, apontou que as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) seriam bons investimentos. Ambas as opções recebem isenção do Imposto de Renda (IR) depois de 2 anos da aplicação.

CDI

Anderson Bezerra também comentou que é importante checar a taxas de retorno dos investimentos ligados ao CDI - taxa referencial de parte dos investimentos de renda fixa (CDB, LCA e LCI).

Se a tendência for de baixa da Selic, é importante buscar investimentos que ofereçam mais de 100% do CDI, para que mesmo que haja quedas, o investidor ainda tenha um certo ganho. 

Ações

"E para quem tiver mais aptidão ao risco, há a opção de buscar a renda variável, como o mercado de ações, porque vai que lá você pode ter rendimentos de até mais 20% em um ano. No entanto, o risco também é maior, pois não há garantia de retorno fixo", disse Bezerra. 

Segundo o economista, o cenário atual da economia brasileira, na verdade, é uma oportunidade de aprendizado para os investidores do País. "É uma janela de oportunidade para o brasileiro entender as várias opções de investimento. O brasileiro em geral pensava que investimento era só poupança, depois que era só título público, mas nós temos várias opções", defendeu.

Como a Selic é definida?

A taxa básica de juros brasileira é definida em reunião do Copom, que acontece a cada 45 dias, baseada no cumprimento da meta de inflação.

As reduções da Selic acontecem quando as estimativas da inflação nacional estão alinhadas com a meta ou, até mesmo, abaixo dela.

Com a queda da taxa básica, os juros bancários também ficam mais baratos, então pessoas e empresas ficam mais dispostas a adquirir crédito.

Contudo, se a perspectiva é de uma inflação elevada, o Copom aumenta a taxa Selic para encarecer o crédito bancário e reduzir o consumo. Com a queda no consumo, há uma diminuição da produção para controlar a inflação.

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