Prazos da retomada não são fixos, e Sesa vai acompanhar funcionamento das cadeias produtivas

O secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, reforçou a necessidade de trabalho conjunto entre população e empresas durante as fases de retorno da economia estadual

Escrito por Redação ,
Legenda: Unidade de retaguarda, Hospital Leonardo Da Vinci já registrou 76 óbitos da doença, com 113 altas hospitalares
Foto: Foto: Camila Lima

O plano estadual de retomada da economia do Ceará durante a pandemia de Covid-19 tem início no dia 1º de junho, mas não há garantia fixa dos prazos estipulados para o avanço da flexibilização do isolamento social. A informação foi reforçada pelo titular da Secretaria se Saúde (Sesa), Dr. Cabeto, em coletiva nesta quinta-feira (28).

 

Apesar da etapa de transição das cadeias produtivas ter uma duração estipulada de sete dias, o avanço à fase 1 dependerá de três critérios: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), número de casos confirmados do novo coronavírus e índice de óbitos.

Os critérios precisam apresentar tendência decrescente para uma nova fase ser instaurada - são quatro e cada uma envolve mais cadeias produtivas livres para atuar, sempre com 14 dias de análise. Caso não se confirme o movimento, os processos de reabertura estacionam ou retrocedem. 

“Quando a gente fala em cada fase, vamos dizer que inicie no dia 8 e que tenhamos os três indicadores bem definidos para iniciar a fase 1. Durante 14 dias vamos avaliar diariamente os indicadores e ao final dos 14 dias temos de ter condições de que os três indicadores estejam garantidos. Se não estiverem garantidos, não evolui na fase e pode até retroceder”, explicou.

Na etapa inicial, 17 segmentos estão autorizados a retomar parcialmente as operações. Os percentuais de liberação variam de 0,60%, no caso do setor de tecnologia da informação, a 100% para a cadeia da saúde.

Caso todas as etapas sejam cumpridas no tempo listado, a retomada completa da economia duraria 63 dias. O ciclo seria encerrado no dia 30 de julho, com a conclusão das fases de forma sequencial.

Fiscalização

O grupo técnico de trabalho do Governo também montou um protocolo para reabertura da economia de forma responsável. Foi elaborado um conjunto de normas gerais e outras 11 específicas para determinadas cadeias produtivas, com foco na fase de transição.

"Nós estamos colocondo o setor epidemiológico e sanitário para trabalhar em conjunto (com as empresas)", afirmou Cabeto.

A Sesa vai acompanhar o trabalho das empresas e acerta detalhes da ação fiscalizatória. Além do cumprimento de rigoroso regime de segurança, os segmentos devem encaminhar provas de testes diagnósticos nos funcionários.

Confira a lista de atividades e os percentuais de liberação desta fase de transição:

- Indústria química e correlatos (30%)
Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel

- Artigos de couros e calçados (17,9%)
Fabricação de calçados e produtos de couro

- Indústria metamecânica e afins (28,7%)
Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda

- Saneamento e reciclagem (30%)
Recuperação de materiais

- Energia (20%)
Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores

- Cadeia da construção civil (31%)
Construção de edifícios até 100 operários obra, cadeia produtiva com 30%

- Têxteis e roupas (12,4%)
Indústria têxtil, confecções e de redes

- Comunicação, publicidade e editoração (10,2%)
Impressão de livros, material publicitário, e serviços de acabamento gráfico

- Indústria e serviços de apoio (0,8%)
Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial. Cabeleireiros, manicures e barbearias

- Artigos do lar (16,9%)
Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos

- Agropecuária (12,4%)
Obras de irrigação

- Móveis e madeira (7,9%)
Fabricação de móveis e produtos de madeira

- Tecnologia da informação (0,6%)
Fabricação de equipamentos de informática

- Logística e transporte (10,8%)
Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e manutenção de bicicletas

- Automotiva (1,9%)
Indústria de veículos, de transporte e peças

- Cadeia da saúde (100%)
Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional

- Esporte, cultura e lazer (8,1%)
Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense

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