Plano de retomada da economia poderá ser anunciado na manhã desta quarta-feira (27)

Versão final deverá ser apresentada pelo Governo do Estado aos representantes dos setores da economia cearense ainda nesta terça (29)

Escrito por Samuel Quintela , samuel.quintela@svm.com.br
Legenda: "Temos 20 empresas já, como diz assim, em consenso, com 18 assinadas e 2 para assinar e mais 4 negociando, então podemos chegar em 24 empresas", disse Maia
Foto: Foto: José Leomar

O governo do Estado deverá apresentar a versão final do plano de retomada da atividade no Ceará ainda nesta terça-feira (26) à noite aos representantes dos setores econômicos. Segundo o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho do Estado, Maia Júnior, o projeto deverá ser anunciado na manhã da próxima quarta-feira (27) pelo governador Camilo Santana. 

"Vamos apresentar a versão final ainda hoje, às 19h, para os representantes da economia para que possam analisar e fazer alguma consideração. Se tudo for aprovado, o governador deverá apresentar amanhã pela manhã", disse Maia. 

A afirmação foi dada durante uma transmissão ao vivo realizada pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Ceará. 

Apesar do decreto de isolamento social, Maia Júnior afirmou que 75% da economia do Estado – considerando o valor adicionado bruto – está operando normalmente durante a pandemia. Considerando todos os serviços essenciais, isso representaria 60% do empregos ativos no Estado.

"Temos hoje 75% da economia e 60% dos empregos operando normalmente. E boa parte desses 75% são serviços essenciais. Estamos planejando agora para reabrir os 25% da economia e os 40% dos empregos que estão parados", afirmou Maia. 

Profissionais liberais

Sobre os profissionais liberais, o titular da SDE disse apenas que o plano de retomada contempla de forma favorável o setor. Ele não detalhou em qual das etapas de liberação do plano de reabertura a categoria será incluída, mas disse que os profissionais podem ir "esquentando os tamborins". 

O plano de retomada do Governo do Estado deverá ser baseado em até 4 fases e durar pelo menos 56 dias, com 14 dias por etapa. 

A data de início, no entanto, deverá ser baseado nos índices de saúde, considerando possíveis reduções ou estabilização das taxas de contaminação, internações e óbitos causados pelo novo coronavírus. Entre cada fase, os índices serão monitorados pelos especialistas da área da saúde.

Cofres públicos 

Maia ainda destacou que crise causada pela pandemia afetou consideravelmente a situação dos cofres públicos do Estado. Segundo ele, a arrecadação do Estado, em abril, apresentou uma queda real de quase 28% em relação a igual período do ano passado. 

Além disso, a expectativa é que a situação em maio indique uma queda ainda maior. 

"Não estamos nos endividando como o governo central, até porque não podemos fazer isso. Então não temos dívida, mas temos uma queda de receita. Em março, a queda foi de 1% na arrecadação própria do Estado. Em abril, do ponto de vista real, foi de quase 28%. E maio ainda estamos acompanhando, mas pode ficar pior que abril", disse Maia.

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