Participação da China em feiras cearenses é importante para estreitar relações comerciais 

Atualmente, a China é o segundo principal parceiro comercial do Ceará em importação. Na exportação, o país asiático é apenas o 10º mais importante para os cearenses

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
Legenda: Ceará importa principalmente placas solares da China

A ampliação da parceria comercial entre China e Ceará é importante, principalmente, para a economia estadual. Para tanto, a participação do país asiático em eventos cearenses é indispensável para estreitar ainda mais a relação entre ambos.

Segundo André Siqueira, presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), é estratégico para o Estado estar sediando o VI Fórum China-América Latina de Inovação e Tecnologia.

>>Chineses conhecem água de coco em pó do Ceará

Atualmente, a China é o segundo principal parceiro comercial do Ceará em importação. Na exportação, o país asiático é apenas o 10º mais importante para os cearenses.

"É uma oportunidade de cooperar, entender e encontrar os pontos de convergência de ações que podemos desenvolver. Já vinha falando isso anteriormente com o reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Jackson Sampaio, sobre o que podemos encontrar de pesquisas e negócios, que tipos que podemos estar aproximando e cooperando, já que o Ceará é um estado eminentemente importador da China", explica Siqueira.

Mercado
Segundo o Ministério da Economia, de janeiro a novembro deste ano, o Ceará importou dos chineses mais de US$ 385,6 milhões, enquanto que exportou para o país asiático cerca de US$ 47 milhões. 

"Se importa principalmente materiais elétricos, a gente destaca as placas solares, e na área de produtos químicos há o glifosato, que é uma substância usada em defensivos agrícolas. Se exporta para China em primeiro peixes e crustáceos, seguido de cera de carnaúba, além de ferro e aço", explica o presidente do CIC.

Segundo Siqueira, eventos como o Fórum China-América Latina são positivos porque ampliam as oportunidades e parcerias, além de identificarem pontos acadêmicos em pequisa e negócios promissores. 

"A relação com a China hoje é inevitável, seja no plano cultural, político, científico, com a pesquisa avançada que eles têm. Não é possível fazer de conta que a China não existe. A potência, a história e o caminho que ela tem trilhado para o desenvolvimento econômico é muito forte para ser esquecido. Então, o Ceará tem procurado fazer desse intercâmbio uma forma de crescer, de termos produtos que possam ser utilizados na China e tecnologias que ela produza que sejam úteis para o nosso padrão. Nada melhor portanto que incluir nessas negociações as universidades", destaca o reitor da Uece, Jackson Sampaio.

Futuro
Para relações futuras, o presidente do CIC vislumbra Macau - região autônoma chinesa ao sul de Hong Kong - como uma porta de entrada de novos negócios com a China. 

"Há um mês nós recebemos uma delegação de Macau. Eu estive no primeiro semestre lá, fui extremamente bem recebido, e ela quer ser uma plataforma de acesso à China", aponta Siqueira. 

Ele afirma ainda que empresários do Ceará foram neste ano a uma feira em Macau. "Em outubro, foram alguns empresários cearenses da área de alimentos para uma feira em Macau. Então, a gente tem uma aposta muito grande nesse segmento. Aqui no Ceará, nós temos empresas aptas a exportar, que já acessam o mercado internacional e esse movimento com Macau pode favorecer muito o crescimento dessa pauta de exportação", completa.

O VI Fórum China-América Latina de Inovação e Tecnologia e I Simpósio Internacional de Inovação do Ceará terá programação nesta quinta-feira (12) no Palácio do Governo do Estado e na sexta-feira (13) na Universidade Federal do Ceará (UFC).

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