Pandemia de coronavírus faz venda de peixes cair pela metade no Mucuripe  

A expectativa é que os permissionários do Mercado dos Peixes vendam apenas 50% do esperado para este ano 

Escrito por Redação ,
Legenda: Até ano passado, o cearense conseguia ir ao Mercado dos Peixes, na Avenida Beira-Mar e encontrar peixes como o pargo para a Semana Santa. Esse ano alguns desafiaram a quarentena do Governo do Estado e buscaram os peixes direto com os pescadores
Foto: Foto: Thiago Gadelha

Todo o mercado de vendas está sendo bruscamente impactado pela pandemia do coronavírus, mas alguns produtos que têm maiores índices de venda durante a Semana Santa e a Páscoa sofrem consequências superiores. De acordo com Luzia Lourenço do Nascimento, tesoureira da Associação dos Permissionários do Mercado de Peixes do Mucuripe, os lucros com os pescados chegam à apenas 50% do esperado.

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“Teve uma baixa muito grande. As pessoas estão com medo de sair de casa para evitar as aglomerações e o Mercado não está abastecido porque os pescadores estão evitando ir pro mar”, completa. O local está funcionando de 8h às 17h30, apenas para vendas, mas há possibilidade de diminuir o horário após o feriado.

Outra consequência é o aumento do preço dos peixes. Os mais procurados, o pargo, a cavala e o sirigado, custam de R$25 a R32 o kg. Por ser mais perecível, o camarão sofre com a falta de demanda e, por isso, acabou entrando em promoção.  

Para o futuro dos permissionários, Luzia espera que a pandemia “passe rápido e não cause maiores danos”. “Somos pequenos empreendedores, então muita gente pode ficar sem trabalhar por causa da menor circulação de dinheiro”, diz a tesoureira.  

Em contrapartida, os pescadores, nos últimos dois dias, no local, não têm do reclamar. Ao desembarcar no início das manhãs já são esperados por centenas de clientes amontoados e desrespeitando a quarentena e as medidas para não causar aglomerações.

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