Oferta de vagas temporárias para o Natal soma 3,7 mil no Ceará, indica CNC

O segundo semestre vem confirmando as projeções econômicas para 2019 e tornando-se um momento no qual o mercado de trabalho toma um impulso. Hoje, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou o Ceará como gerador de 3,7 mil vagas temporárias para o Natal, no mesmo estudo em que indica o fim deste ano como o de maior gerador de emprego dos últimos seis anos.

De acordo com a CNC, espera-se a contratação de 91 mil trabalhadores temporários para atender ao aumento da demanda do varejo no período natalino em todo o País, ou seja, 4% maior do que em 2018 e a maior oferta dos últimos seis anos. O Ceará esteve à frente da Bahia, com 2,5 mil vagas, e atrás de Pernambuco (4,3 mil).

Influências

Para o presidente da confederação, José Roberto Tadros, essa “retomada parcial do nível de atividade do setor” está sendo influenciada pela inflação baixa, pelos juros básicos no piso histórico, por prazos mais amplos para a quitação de financiamentos e, principalmente, pela liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques no FGTS e no PIS/Pasep.

Os estados que devem mais gerar vagas são São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil), que concentrarão mais da metade da oferta de vagas. A pesquisa estima ainda que o Natal movimente R$ 35,9 bilhões no comércio varejista de todo o País, neste ano.

Setores

Já entre os setores do comércio, os maiores volumes de contratações deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil). Oito em cada dez vagas ofertadas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil).

Salários

Os maiores salários médios deverão ser pagos aos contratados para os cargos de gerente de marketing e vendas (R$ 2.724) e gerentes de operações comerciais (R$ 2.020).

A taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com expectativa de absorção definitiva de 26,1%.