Número de inadimplentes que pagaram dívidas cresce 7,09% no Nordeste

No Brasil, volume apresentou alta de 4,93%, maior para a base de comparação desde setembro de 2015

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

Apesar de ainda atingir 41% da população adulta do Brasil, o volume de consumidores com contas em atraso que conseguiram quitar parte dessas dívidas cresceu nos últimos 12 meses. No País, houve crescimento de 4,93% - alta mais expressiva desde setembro de 2015, quando o crescimento observado fora de 5,8%. No Nordeste, esse percentual chegou a 7,09%.

O dado observado na região Nordeste em 12 meses fica atrás apenas do volume de consumidores que pagaram dívidas no Sudeste (8,31%) e do número no Centro-Oeste (12,39%). No Norte do País e no Sul, o número de inadimplentes que regularizaram sua situação financeira apresentou retração de 10,38% e 3,10%, respectivamente.

Os dados compõem o Indicador de Recuperação de Crédito mensurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) é obtido, de acordo com as entidades, a partir das exclusões de registros de inadimplência mediante pagamento integral da dívida ou renegociação do débito.

Brasil

Na comparação mensal, entre agosto e julho, a recuperação de crédito avançou 4,2%. Do total de inadimplentes que quitaram suas pendências em agosto, a maior parte (44%) tem entre 30 e 49 anos. A segunda faixa que mais recuperou crédito é a dos que têm mais de 65 anos (13%), seguido dos devedores com idade entre 18 e 29 anos (12%). Já a abertura por gênero mostra uma leve predominância de mulheres entre os devedores que mais colocaram suas contas em dia, com 52% de participação contra 48% dos homens.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o aumento da recuperação de crédito no país tem sido neutralizado pelo ingresso de novos devedores ao longo dos últimos meses, razão pela qual o contingente de consumidores inadimplentes segue elevado em todo o País.

"Esse contingente continua alto porque os efeitos da crise ainda estão presente no dia-a-dia das famílias, sendo o desemprego o mais crítico. À medida que a recuperação econômica ganhar força, espera-se que o total de negativados caia, com a redução de novos entrantes e o aumento da recuperação", explica Marcela.

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