'Não é hora de brincar com povo e com País', diz presidente da Fetrabens

Na avaliação da entidade, o momento é de aguardar o posicionamento do novo governo com a "credibilidade que foi concedida pela sociedade brasileira para a mudança

Escrito por Estadão Conteúdo ,

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) não está participando dos protestos dos caminhoneiros, apesar de acompanhar a mobilização, disse o presidente da entidade, Norival de Almeida Silva Preto.

"Estamos no fim de ano, em que as famílias saem de férias e viajam para descansar. Não podemos atrapalhar a sociedade e até mesmo a transição de um governo que está começando. Não é hora de brincar com o nosso povo e com o País", defendeu Silva Preto, que também preside o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) e é vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).

"Para e por que esse movimento? Qual será o resultado para o Brasil? Respeito, mas, considero que é prejudicial ao nosso País", argumentou Silva Preto. Na avaliação da entidade, o momento é de aguardar o posicionamento do novo governo com a "credibilidade que foi concedida pela sociedade brasileira para a mudança". 

Na opinião do presidente da Fetrabens, os caminhoneiros são os responsáveis pela aplicabilidade e funcionamento da tabela no momento de acordo do frete. "Nós temos de ser fiscais de nós mesmos e não carregar cargas abaixo do piso mínimo. É só exigir que a tabela seja cumprida, porque o peso e o cumprimento da lei ninguém tirou", acrescentou.

No início da manhã desta segunda-feira (10), ocorreram manifestações na região de Barra Mansa (RJ) e no Porto de Santos (SP). 

O ato é um protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento da tabela dos preços mínimos de frete até que a corte decida pela constitucionalidade da fixação de pisos de preço para os serviços de transporte rodoviário. O movimento é, até o momento, pontual.

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