Lucro do Santander cresce 17% em 2019 e alcança R$ 14,5 bilhões

A receita das operações de crédito subiu 8,3% em 2019 devido ao aumento do volume médio de crédito, que compensou a redução do spread

Escrito por Folhapress ,
Legenda: O banco de origem espanhola é o primeiro a divulgar os resultados consolidados de 2019
Foto: Foto: Fabiane de Paula

O Santander lucrou R$ 14,5 bilhões em 2019, um crescimento e 17% em relação a 2018. O resultado divulgado nesta quarta-feira (29) veio em linha com a expectativa do mercado e reflete a expansão de 8,4% da margem financeira -a receita com crédito- e dos ganhos com tarifas bancárias no período.

O banco de origem espanhola é o primeiro a divulgar os resultados consolidados de 2019. 

A receita das operações de crédito subiu 8,3% em 2019 devido ao aumento do volume médio de crédito, que compensou a redução do spread (a diferença entre o custo de captação e a taxa de juro cobrada do cliente), que caiu 0,1 ponto percentual de 2018 para 2019. No período, a taxa Selic (referência para o custo de captação) caiu 2 pontos percentuais, de 6,5% para 4,5%.

A carteira de crédito teve alta de 15% no ano e atingiu R$ 352 bilhões, com maior crescimento na concessão a pessoas físicas, que subiu 17%. As maiores concessões seguem ocorrendo nas linhas com garantia, como créditos consignado e imobiliário, além de cartão de crédito. O financiamento ao consumo, que considera empréstimos feitos fora da rede bancária, por sua vez, subiu 16,3%, puxado pelo financiamento de veículos.

Nos empréstimos às empresas, o maior avanço é do crédito às micro, pequenas e médias, que cresceu 15,4% em 2019 para R$ 41,2 bilhões, enquanto os recursos cedidos às companhias de grande porte cresceram a 12%, a R$ 97 bilhões. 

Segundo o relatório, em novembro, o Santander alcançou 10% da participação do mercado de crédito, o maior patamar em dez anos.

Já as receitas com tarifas e serviços registraram um crescimento de 8%, com aumento de dois milhões de clientes ativos totais.

O banco terminou 2019 com retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado (também conhecido como ROAE) em 21,3%, alta de 1,5 ponto percentual em 12 meses. Essa é uma das medidas de rentabilidade do investimento para acionistas do banco.

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