Juro do crédito imobiliário vai cair até 31,5%, diz Bolsonaro

Em live nas redes sociais, ele disse que a medida preparada pela Caixa Econômica "mudará a vida dos brasileiros" e deve estimular a geração de emprego

Escrito por Folhapress ,
Legenda: Como o banco estatal detém mais de 70% do crédito habitacional do País, outras instituições também podem derrubar suas taxas para evitar a perda de novos clientes

O presidente Jair Bolsonaro informou que anunciará na próxima terça-feira (20) mudanças nas regras de concessão de crédito imobiliário.

Em live nas redes sociais, ele disse que a medida preparada pela Caixa Econômica Federal "mudará a vida dos brasileiros" e deve estimular a geração de emprego no País.

"A Caixa vai anunciar uma coisa que mudará a vida dos brasileiros. A gente vai mudar a história do crédito imobiliário", disse.

A intenção do Palácio do Planalto é anunciar uma redução de até 31,5% dos juros dos financiamentos imobiliários.

Como o banco estatal detém mais de 70% do crédito habitacional do País, outras instituições também podem derrubar suas taxas para evitar a perda de novos clientes.

Atualmente, os contratos de financiamento habitacional são corrigidos pela  Taxa Referencial (TR), hoje zerada. Os bancos cobram um adicional que costuma variar de 8,5% a 9,5%.

Com a mudança, a Caixa vai reajustar os contratos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IBGE aferiu que esse índice deve fechar em 3,82% neste ano.

Apesar de aplicar uma correção que hoje inexiste, na outra ponta o banco abrirá mão, em um montante maior, de suas próprias taxas, que acabam por onerar os empréstimos concedidos.

O que ainda está em discussão na Caixa é a taxa adicional, que poderá variar de 2% a 3%.

Clientes da Caixa ou com boa avaliação de crédito na praça pagarão juros menores. Isso significa que, na prática, o juro total sofrerá cortes entre 28% e 31,5% em relação ao modelo vigente.

Somando juros e taxas cobrados, seriam 8,5% (no modelo pela TR), ante 5,82% (no modelo pelo IPCA), e 9,5% (pela TR), ante 6,82% (pelo IPCA).

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