Inflação acelera na Capital e chega a 2,91%

Índice apresentou segundo aumento consecutivo em outubro, de 0,63%, após alta de 0,28% em setembro

Escrito por Redação ,

Os preços praticados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) voltaram a subir em outubro - em 0,63% - após avanço de 0,28% no mês anterior, conforme aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Maior variação registrada no Nordeste e quarta maior no Brasil, atrás apenas de Porto Alegre (0,72), Campo Grande (0,71) e Vitória (0,70), a inflação na capital cearense foi puxada pela alta de preços de tubérculos, raízes e legumes (27,24%), energia elétrica (6,56%) e combustíveis para veículos (3,14%).

De acordo com o economista Alex Araújo, a variação registrada em outubro já foi um pouco acima da média. "Em geral, não há muitas 'explosões' sobre a inflação nos últimos meses do ano. Mas vimos que energia e combustível impactaram bastante neste mês", aponta.

De fato, o avanço do preço da energia na RMF (6,56%) no mês passado foi mais de 50 vezes superior à média nacional, de 0,12%. Os combustíveis também: 3,14% na capital ante 2,44% no país.

Esse aumento preocupa porque, com a injeção do 13º em novembro e dezembro, os consumidores podem ter menor poder de compra em um período que costuma-se consumir mais. Araújo avalia que a única variável que pode impactar mais negativamente o índice nos próximos meses é preço do petróleo. 

Nacional
No País, a inflação oficial ficou em 0,45% em outubro, a maior taxa para o mês desde outubro de 2015 (0,82%) - O índice ficou abaixo do 0,48% de setembro. No ano, a inflação acumula variação de 3,81% no ano e de 4,56% em 12 meses.

Os principais responsáveis pela inflação de outubro foram os gastos com transportes e alimentação. Os transportes, por exemplo, tiveram alta de preços de 0,92%, puxada principalmente pelos combustíveis (2,44%).
 
Foram observados aumentos de preços no etanol (4,52%), óleo diesel (2,45%), gasolina (2,18%) e gás veicular (2,45%). Apesar disso, todos eles tiveram uma inflação mais moderada do que em setembro.
 

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