Inadimplência sobe 1,7% em julho ante junho, aponta Boa Vista

Segundo a Boa Vista, o avanço da reforma da Previdência no Congresso e seu impacto na redução dos juros futuros e a inclusão automática de consumidores no Cadastro Positivo, são fatores que afetam de forma positiva o mercado de crédito e podem ajudar a frear o crescimento da inadimplência

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Em comparação com julho de 2018, o indicador teve recuo de 0,6%
Foto: Foto: Kid Júnior

A inadimplência do consumidor brasileiro avançou 1,7% em julho em relação ao mês anterior, informou nesta quarta-feira (14), a Boa Vista. Na comparação com julho de 2018, o indicador teve recuo de 0,6%. A queda acumulada no ano é 4,6% e em 12 meses, de 3%.

Desde o final de 2016, a inadimplência vem em uma trajetória de queda no Brasil. Segundo economistas da Boa Vista, esse recuo é explicado em parte pela maior cautela das famílias e pela baixa capacidade de endividamento dos consumidores, devido ao fraco crescimento da renda. 

Ainda segundo a Boa Vista, esse nível historicamente baixo da inadimplência proporcionou a redução dos juros e levou a um aumento da concessão de crédito a partir de 2017. 

A empresa alerta, no entanto, para a possibilidade de que os elevados índices de desocupação e de subutilização da mão de obra façam com que essa expansão dos empréstimos resulte numa trajetória de alta da inadimplência.

Segundo a Boa Vista, o avanço da reforma da Previdência no Congresso e seu impacto na redução dos juros futuros, além da inclusão automática de consumidores no Cadastro Positivo, são fatores que afetam de forma positiva o mercado de crédito e podem ajudar a frear o crescimento da inadimplência, ainda que uma retomada mais vigorosa siga condicionada à melhora no mercado de trabalho.

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