Inadimplência na região Nordeste cai 3,2% em 2019

Em média, o consumidor inadimplente deve R$ 3.257,91. Segundo o levantamento, 52,8% têm dívidas de até R$ 1.000 e 47,2% possuem contas em atraso acima desse valor

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) equipara a crise sanitária com a econômica e critica prefeitos e governadores por terem fechado o comércio.
Foto: Foto: Kleber A. Gonçalves

O número de inadimplentes na região Nordeste caiu 3,2% em 2019 na comparação com 2018, conforme dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Foi a queda mais acentuada entre todas as regiões do País. No Sudeste, o recuo foi de 0,7%. No Norte e no Centro-Oeste, houve avanço dos devedores, de 4,8% e 3,8%, respectivamente.

No Brasil, o ano começou no vermelho para 61 milhões de brasileiros. Esse é o número de pessoas que terminaram 2019 inadimplentes e com o CPF restrito para contratar crédito. O número representa uma queda de 0,2% na comparação anual.

De acordo com o levantamento, o número de dívidas teve recuo maior, de 3,3%, em relação a 2018. Caíram, sobretudo, os débitos com o setor de comunicação (-16,4%), que engloba telefonia, internet e TV por assinatura, e as dívidas bancárias (-1,9%), como cheque especial, cartão de crédito e empréstimos. Por outro lado, subiram dívidas contraídas no comércio, via crediário (+0,9%) e os débitos básicos com água e luz (+2,1%).

A queda foi impulsionada, de acordo com a CNDL, por uma melhora gradual na conjuntura econômica e por ações pontuais como a liberação de recursos do FGTS e mutirões de negociação de dívidas. A expectativa, aponta a confederação, é de que o número de inadimplentes continue em queda, mas a passos lentos.

"A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda", destaca o estudo.

Em média, o consumidor inadimplente deve R$ 3.257,91. Segundo o levantamento, 52,8% têm dívidas de até R$ 1.000 e 47,2% possuem contas em atraso acima desse valor.

O estudo aponta ainda que, enquanto a inadimplência caiu 21% na faixa entre 18 e 39 anos, mas cresceu entre 3,7% entre os idosos de 65 a 84 anos.

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