Guedes diz que governo vai anunciar programa econômico no 2º semestre

A declaração é dada num momento em que o Legislativo tenta assumir o protagonismo da pauta econômica

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Guedes lamentou os ataques recebidos pelo governo e disse que o governo merece apoio e compreensão. "Merecemos algum apoio e compreensão. A bola é sua? Só você pode jogar?", disse o ministro, em referência aos governos de esquerda.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4), que o governo pretende lançar um programa econômico no segundo semestre, para ser tocado após a aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, será um trabalho de colaboração com o Congresso. A declaração é dada num momento em que o Legislativo tenta assumir o protagonismo da pauta econômica.

Guedes, que faz apresentação no Expert, evento da XP Investimentos, lamentou os ataques recebidos pelo governo e, em um sinal para a oposição, disse que o governo merece apoio e compreensão. "Merecemos algum apoio e compreensão. A bola é sua? Só você pode jogar?", disse o ministro, em referência aos governos de esquerda.

Reforma tributária

Guedes afirmou que não se importa com quem será o autor da reforma tributária, em referência às duas propostas em discussão a do governo e a do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP). "Lá na frente encontra todo mundo (as propostas) e que vença o melhor", disse o ministro. "Não queremos autoria de nada, queremos que o Brasil melhore", acrescentou.

Guedes afirmou ainda que, quando a proposta de Rossi começar a tramitar no Congresso, após o avanço da reforma da Previdência na Câmara, o governo pretende lançar, por meio de projeto de lei a proposta da Receita Federal, capitaneada pelo secretário Marcos Cintra.

Pouco depois, Guedes elogiou a proposta de Rossi, elaborada pelo tributarista Bernard Appy, mas questionou por que o projeto "está parado há 18 anos". "Porque é difícil conseguir acordo com 26 governadores", disse.

O ministro também disse que em quatro, cinco ou seis dias o governo vai apresentar o plano de "choque de energia barata", que, por enquanto, envolve um governador, o do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. "Se reduz impostos, abre economia e dá choque de energia barata, podemos reindustrializar o País".

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados