Ghosn é libertado em Tóquio após fiança de 1bi de ienes

O julgamento do brasileiro não está marcado, mas não deverá ocorrer em até seis meses, segundo a avaliação de advogados

Escrito por Estadão Conteúdo/Agência Brasil ,

Após 108 dias preso em Tóquio, o executivo Carlos Ghosn foi libertado nesta quarta (6) após uma fiança de fiança de 1 bilhão de ienes (R$ 33,8 milhões) e uma série de exigências. O ex-presidente da Nissan Motors deixou a prisão usando uniforme, gorro azul e máscara.

Ghosn foi indiciado por suspeita de fraudes e violação de instrumentos legais da empresa, sendo acusado de falsificar informes sobre seus rendimentos e ter se beneficiado pessoalmente de recursos da Nissan, montadora japonesa da qual foi o principal executivo e o presidente do conselho de administração. A pena foi agravada pela quebra de confiança por transferir inadequadamente os fundos da Nissan.

Em janeiro, o segundo pedido de liberdade, feito pela defesa de Ghosn, foi negado por um tribunal de Tóquio. Na ocasião, os advogados prometeram apelar.

Ontem (5), o Tribunal Distrital de Tóquio rejeitou os recursos da Promotoria contra a libertação de Ghosn e o pagamento de fiança. Foi seu terceiro pedido, mas primeiro com uma nova equipe jurídica que ele contratou no mês passado.

Pelos termos de fiança, Ghosn fica proibido de deixar o país e deve aderir às condições destinadas a impedi-lo de fugir ou destruir provas.

Também precisa de aprovação do tribunal para participar de reuniões de diretoria na Nissan ou na Renault. Ele supervisionou a aliança entre as montadoras e a Mitsubishi Motors. A Nissan e Mitsubishi retiraram Ghosn da presidência. A Renault o manteve na direção. Mas ele finalmente renunciou em janeiro. 

Ghosn deverá ser julgado daqui a pelo menos seis meses. Ele nega ter cometido irregularidades.

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