Fortaleza tem oitava maior taxa de desemprego entre capitais brasileiras, diz IBGE

A capital cearense ainda ficou como a sétima região metropolitana com maior taxa de desocupação do País

Escrito por Redação/Estadão Conteúdo ,
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A taxa de desocupação da força de trabalho no Ceará  atingiu 12,7% da população da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) no primeiro trimestre deste ano. A taxa de desemprego da região é a sétima maior entre as regiões metropolitanas do país. Fortaleza possui cerca de 10,8% dos habitantes desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (16).

A taxa é a oitava maior entre as demais capitais do Brasil. A cidade de Manaus  (19,4%) apresentou o pior resultado no trimestre.

A taxa de desocupação no Ceará (11,4%) cresceu 1,3 pontos percentuais (p.p.) no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2018, quando a taxa era de 10,1%. Em comparação ao mesmo período do ano passado, O Estado teve uma retração de 1,4 p.p., quando a taxa de desocupação era 12,8%.

Segundo o IBGE, cerca de 49,3% das pessoas entre 14 anos ou mais estavam ocupadas neste primeiro trimestre . O resultado é menor que o apontado nos dois últimos trimestres da pesquisa, no terceiro trimestre cerca 50% estavam ocupadas e 50,3% no quarto.

Já o número de pessoas desalentadas- pessoas que desacreditam do mercado de trabalho- aumentou de 328 mil no quarto trimestre de 2018 para 400 mil.

Cenário nacional

Mas a situação do mercado de trabalho, marcada por elevado desemprego e subutilização da mão de obra, assim como pelo crescimento de ocupações típicas da informalidade, não está localizada em um Estado ou outro do País, mas, sim, generalizada em todo o território nacional, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Os dados nacionais foram divulgados no fim do mês, revelando que o total de desempregados é de 13,387 milhões de pessoas, com taxa de desemprego em 12,7%.

"O grande destaque é que a situação que a gente vive hoje no Brasil não está localizada num Estado ou noutro. A queda na carteira (de trabalho) se dá em todos os Estados. O aumento da informalidade acontece em todos os Estados", afirmou Azeredo.

Segundo os dados regionais, as maiores taxas de desemprego foram registradas no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18 0%). No Rio, a taxa de desemprego ficou em 15,3% e, em Minas Gerais, em 11,2%. As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%).

Azeredo destacou que registrar taxas de desemprego mais elevadas é uma característica estrutural do mercado de trabalho no Nordeste. Só que, mesmo os Estados do Sul, que tradicionalmente registram as menores taxas de desemprego, estão hoje numa situação pior do que estavam antes da crise. Santa Catarina, que tem a menor taxa de desemprego no primeiro trimestre, com 7,2%, já registrou níveis na casa de 2,0%, lembrou Azeredo.

"Santa Catarina tem a taxa mais baixa, mas não estava acostumada com esse nível de desocupação. Hoje, Santa Catarina tem a taxa que o Brasil tinha em 2014", disse o pesquisador do IBGE.

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