Fiscalização em hotel na noite do último sábado (13) gera polêmica

De acordo com a diretora do empreendimento Sonata, na Praia de Iracema, agentes coagiram funcionários a assinar multa no valor de R$ 4.335,87

Escrito por Redação ,
Legenda: Segundo diretoria do Sonata, fiscalização ocorreu por volta de 23h do último sábado (13)

Após festa em comemoração ao aniversário de Fortaleza, realizada no último sábado (13) na Praia de Iracema, quem passava pela recepção do hotel Sonata percebeu movimentação atípica no local. De acordo com a diretora geral do empreendimento, Ivana Bezerra, fiscais da prefeitura iniciaram, por volta das 23 horas, fiscalização "coagindo funcionários". "Uma ação muito estranha e arbitrária", afirmou.

Por meio de assessoria de imprensa, a Prefeitura de Fortaleza informou que está marcada para amanhã (15), às 10h30, reunião entre a diretoria do empreendimento e o superintendente da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), Júlio Santos, para apurar o assunto e, "se for o caso, acionar a corregedoria". A diretora do Sonata, Ivana Bezerra frisou que a fiscalização fora do horário comercial não é usual, apenas quando há denúncia, o que, de acordo com ela, não foi o caso.

"Solicitaram documentação que os funcionários presentes no momento não tinham em mãos. Há documentos que eu guardo com segurança. No horário, não tinha nenhum gerente que pudesse apresentá-los", explicou Ivana Bezerra. Ela relata que os fiscais chegaram a solicitar reforço e coagiram os colaboradores do Sonata a assinar multa sob ameaça de serem presos. "Foi uma ação muito estranha e arbitrária", reforçou. A multa mencionada por Ivana foi afixada em R$ 4.335,87.

Rapidamente, entidades representativas do setor se posicionaram contra a ação. Em nota divulgada na manhã deste domingo (15) e assinada pelo presidente, Manoel Cardoso Linhares, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional) se solidarizou com a diretoria do Sonata.

"A ABIH repudia atos desta natureza contra empresários honestos, trabalhadores, geradores de empregos e que possuem hotéis que funcionam absolutamente dentro da lei, não obstante tenham que observar diversas licenças, pagar altos impostos e as mais variadas taxas, além de realizar serviços de check-in com a mais alta segurança, trazendo comodidade e tranquilidade aos hóspedes e moradores da cidade, ademais, ainda geram milhares de empregos formais, trazendo milhões de impostos aos cofres públicos", diz a nota da Associação.

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