Endividamento cresce e atinge 67,3% dos consumidores de Fortaleza em agosto

Resultado é 7,1 pontos percentuais é maior que no mês passado. Número de inadimplentes permaneceu estável

Escrito por Redação ,
Legenda: Entre as despesas que mais pesaram no bolso dos fortalezenses, estão os gastos com alimentação (52,9%), vestuário (32,3%), outros (23,7%)

Cerca de 67,3% dos fortalezenses estão com algum tipo de dívidas em agosto. O resultado é 7,1 pontos percentuais maior que o resultado do mês de julho, quando o indicador apontava 60,2%. Apesar do aumento, o número de inadimplentes, pessoas que estão com dívidas a mais de três meses e não terão condições de quitar seus débitos, permaneceu estável em agosto, com uma taxa de 8,6%, ante 8,9% do mês anterior. 

Os dados são referentes a Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE) nesta terça-feira (20).

De acordo com a diretora Institucional da Fecomércio, Claúdia Brilhante, esse resultado mostra uma perspectiva positiva para o comércio, pois significa que o comprador que pode quitar suas dívidas consumiu mais.

Os consumidores com dívidas em atraso cresceu 1,7 pontos percentuais, passando de 21,6% em julho para 23,3% em agosto. Entre os motivos mais citados para o atraso dessas dívidas estão: o desequilíbrio financeiro (64,1%), a aplicação dos recursos disponíveis em outras finalidades (32,2%) e cerca de 7,7% esqueceu de pagar.

Entre as despesas que mais pesaram no bolso dos fortalezenses, estão os gastos com alimentação (52,9%), vestuário (32,3%), outros (23,7%), aluguel residencial (23,6%), eletrodomésticos (21,4%) e educação (19,9%). 

O cartão de crédito é o principal vilão para o endividamento dos consumidores da Capital, 76,2% dos compradores utilizam esse método de pagamento. A diretora da Fecomércio aconselha, que os compradores nessas situações devem negociar suas dívidas com parcelas menores.

"Quem está em inadimplência deve negociar as suas dívidas para conseguir fazer parcelas fixas, para que consiga pagar", orienta.

O valor médio das dívidas foi estimado em R$ 1.518, com prazo médio de sete meses, comprometendo 36% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento.

Perspectivas

Para Brilhante, a perspectiva para o segundo semestre é bastante positiva, tanto devido as datas comemorativas, como pela liberação do  FGTS.

"A expectativa para esse segundo semestre é muito boa, porque quando entrar essa primeira parcela do FGTS, o dinheiro irá começar a girar no comércio. Pagam-se as dívidas e o restante é para compras", pontua.

Com o pagamento do FGTS, a perspectiva é que a partir de outubro o potencial inadimplente comece a reduzir, relata Claudia Brilhante.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados