Efeitos do coronavírus preocupa distribuidores no Ceará

Apesar de não haver desabastecimento imediato, a expectativa de demora no controle do vírus preocupa distribuidoras no Estado

Escrito por Redação ,

A crise mundial provocada pela epidemia do novo coronavírus, o Covid-19, já está dando sinais de desabastecimento em alguns segmentos do varejo. A Ibyte Distribuição, por exemplo, já está orientando seus clientes, revendedores, a reforçarem seus estoques tendo em vista a baixa produção na China.

Segundo comunicado da empresa enviado aos revendedores, "há uma expectativa de redução na oferta de produtos por falta de insumos no mercado em geral e aumento de preços" nos próximos meses. "Vamos atuar em conjunto para que todos os nossos clientes sejam bem assistidos", acrescenta.

O diretor de marketing da Ibyte, Nelson Gurgel, ressaltou que a ação é preventiva e que ainda não há desabastecimento.

"Nesse semestre não devemos ter problemas. Alguns fornecedores estão sinalizando aumento de preço, mas ainda está tudo sem definição. Se a China resolver até abril, não devemos ter problemas. O que eu falar agora será especulação"

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, destaca que os efeitos da epidemia ao varejo devem chegar mais cedo que o previsto anteriormente. "O governo chinês estava mascarando muito os números. Após a morte do médico que foi um dos primeiros a identificar a doença, começaram a abrir mais esses dados, então a situação piorou", explica.

Ele destaca que os portos em todo o mundo já estão receosos de aceitar paradas para reabastecimento de combustível de navios vindos da China.

Alves ressalta que os segmentos que trabalham com tecnologia que se atualiza mais rapidamente devem ser os primeiros prejudicados. "Como muda muito rápido, essas lojas mantem o estoque baixo, que, por consequência, vai acabar primeiro", pontua.

Os preços dos produtos ainda devem ser afetados por conta do pouco estoque de itens, além da alta do dólar. "É a lei da oferta e da procura. E com os produtos chineses saindo do mercado, serão substituídos por outros mais caros. Sem falar da alta do dólar", dispara.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados