Economia da experiência é estratégia para diminuir custos e aumentar vendas

Modelo adotado pelas empresas utiliza ferramentas digitais para conectar usuários e empresas

Escrito por Bernadeth Vasconcelos , bernadeth.vasconcelos@verdesmares.com.br
Legenda: As perspectivas futuras da expansão dos serviços da empresa no País são positivas, já que para ela o setor tecnológico é o que mais cresce no mundo.  

As tecnologias da informação agora fazem parte de estratégias de empresas para mapear os desejos dos usuários e fortalecer as vendas. A chamada economia da experiência já é empregada por grandes corporações "para oferecer oportunidades únicas ao consumidor”, como destaca Cristina Palmaka, presidente da SAP Now no Brasil. A multinacional atua por pesquisas ou ferramentas em diversas plataformas, e a ideia é definir o nível de satisfação de usuários, colaboradores. Estratégias podem diminuir custos e aumentar vendas.  

“Estamos evoluindo muito. Hoje em dia, a tecnologia sozinha não é mais suficiente. É preciso agregar valor. Temos que oferecer oportunidades únicas ao consumidor, além de humanizar as empresas com ferramentas específicas. As pessoas estão cada vez mais digitalizadas”, explica Cristina Palmaka, presidente da SAP Now no Brasil.

Pesquisa de dados

A firma alemã anunciou novas aquisições em seu catálogo de serviços, em 2018, quando realizou o aporte de R$ 8 bilhões da startup “Qualtrics”, que realiza a captação de dados dos clientes para entender o perfil de cada consumidor. Um dos diferenciais dela é conseguir adaptar os produtos que ainda estão em fábrica, elaborados pelas empresas contratantes, através das avaliações de compra.

“Temos um cliente do segmento de esportes que realizou pesquisas de satisfação com mais de 100 mil esportistas para saber os sentimentos ou sensações dos consumidores. Com isso, foi possível reprogramar a experiência, remodelando os produtos, já que as pessoas estão acostumadas a avaliar produtos ou serviços com mais facilidade. E o marketplace cresceu consideravelmente”, comenta Palmaka.  

Em relação ao aporte necessário para que empresas empreguem esse tipo de investimento em suas operações, a chefe de operações da Sap Now, Adriana Arroulho, afirma que é possível implementar esse serviço em pequenas e médias empresas, seguindo a condição de abrangência de cada uma.

“Isso ajuda a reter os clientes. Os nossos dados mostram que as empresas que fazem isso têm aumento de receita e economizam gastos. Além disso, a plataforma também compreende dados não estruturais, como por exemplo posts de redes sociais”, diz.  

Otimismo

Sobre o momento econômico do Brasil, a presidente da companhia alemã do País, Cristina Palmaka, reforça que a empresa se mantém otimista, mesmo com as oscilações do mercado. As perspectivas futuras da expansão dos serviços da empresa no País são positivas, já que para ela o setor tecnológico é o que mais cresce no mundo.  

O setor de data centers tem demonstrado crescimento no País. Só no Ceará, ainda neste ano foi anunciado a operação da multinacional Angola Cables, com um investimento de cerca de US$ 300 milhões, assim informou o Governo do Estado.  

Questionada sobre competividade do mercado, Palmaka afirma que o produto oferecido pela multinacional já se consolidou e que se diferencia do centro de armazenamento de dados do data center.

“Queremos que os nossos parceiros administradores de sistema de data centers, por exemplo, cresçam mais ainda, aumentando o uso da nuvem para proteção de dados. Não administramos estruturas, por isso não temos receio da concorrência. Queremos trazer soluções para empresas que desejam extrair dados de consumidores e funcionários. Até temos data centers fora, mas aqui no Brasil não”, acrescenta.  

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