Dólar acelera alta e Bolsa reduz ganhos com divulgação de depoimento de Moro

A cotação perdeu força nos minutos finais da sessão e fechou cotada a R$ 5,5927, alta de 1,31%

Escrito por Folhapress ,
Legenda: "Dólar nas máximas, Bolsa nas mínimas. Tudo com depoimento de Sergio Moro. Incerteza política fazendo preço novamente", afirma Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos
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A divulgação do depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro à Polícia Federal causou aversão a risco ao fim do pregão no mercado brasileiro nesta terça-feira (5). Logo após a veiculação da íntegra do depoimento pela CNN Brasil, ao qual a Folha também teve acesso, o dólar foi a R$ 5,6030, máxima do dia.

A cotação perdeu força nos minutos finais da sessão e fechou cotada a R$ 5,5927, alta de 1,31%. O turismo está a R$ 5,91.A alta da Bolsa brasileira, por sua vez, perdeu fôlego com o depoimento. O Ibovespa, que chegou a subir quase 3% pela manhã, fechou com ganho de 0,75%, a 79.470 pontos.

"Dólar nas máximas, Bolsa nas mínimas. Tudo com depoimento de Sergio Moro. Incerteza política fazendo preço novamente", afirma Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos.

"Todo esse agravamento do risco politico vai na direção contrária do que o país precisa para retomar a trilha da retomada da atividade econômica", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

A valorização do índice na sessão foi sustentada pela Petrobras, com a alta do petróleo. As ações preferenciais (mais negociadas) da estatal subiram 3,22%, a R$ 17,94. As ordinárias (com direito a voto) subiram 3,43%, a R$ 18,64. O barril de petróleo Brent (referência internacional) subiu 12%, a US$ 25,27.

O Itaú também foi um dos destaques positivos, com alta de 3,70%, a R$ 22,70, após divulgação do balanço. Apesar de queda no lucro, o mercado avalia que os resultados vieram melhores do que o do concorrente Bradesco.

No exterior, índices americanos também reduziram ganhos próximo ao fechamento. Dow Jones teve alta de 0,56%, S&P 500, de 0,90% e Nasdaq, de 1,13%.
Investidores estão otimistas com a retomada da atividade econômica em diversos estados americanos, como a Califórnia.

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