Divulgação da moda cearense é uma das saídas para o fortalecimento do mercado, avalia setor

Indústria de confecções não tem perspectiva de crescimento neste ano, segundo presidente do SindRoupas

Escrito por Redação ,
Legenda: Em 2018, o setor não apresentou crescimento considerável e essa estagnação resulta em um enfraquecimento no cenário da produção do Ceará.
Foto: Foto: Saulo Roberto

Nos últimos 20 anos, o mercado da moda cearense vem sofrendo com a falta de crescimento e sua posição no ranking nacional de estados produtores de moda apresentou uma queda significativa. Em 2018, o setor não apresentou crescimento considerável e essa estagnação resulta em um enfraquecimento no cenário da produção do Ceará.

Para reverter o quadro e fortalecer o setor,  o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções e Roupas de Homem e Vestuário do Estado do Ceará (SindRoupas), Lélio Matias, aponta ser necessário investir em ações positivas que promovam a moda cearense e estimulem os produtores locais a participarem ativamente do mercado. 

A ideia é que, através dessas ações, sejam feitos mapeamentos do novo perfil do consumidor, das novas demandas e dos novos modelos de negócios de moda e que, com base nos resultados obtidos, sejam desenvolvidas ações que possam resgatar o Ceará e trazer o setor para uma posição de maior destaque.

“A gente precisa se apropriar dessas ações que são positivas e que valorizam o profissional da moda no Estado do Ceará. Precisamos somar esforços para o mercado, como um todo, entender que a moda no Ceará é forte e representativa”, explica.
 

Transição

Segundo o presidente, o mercado passa por uma fase de transição e tenta se adaptar ao novo perfil do consumidor cearense. “Hoje o consumidor está buscando alternativas diversas e o produtor de moda está se virando de formas diversas para poder atender a essas exigências”, afirma.

Algumas dificuldades enfrentadas pelo mercado impedem o seu crescimento, entre elas a ascenção do trabalho informal, a falta de capacitação e a falta de ferramentas tecnológicas que acompanhem o desenvolvimento do mercado nacional. Tais fatores tornam difícil a competitividade da produção cearense com a de outros estados em posição mais alta no ranking nacional, como Pernambuco, Alagoas e Goiás.

“As empresas não estão com capacidade de investimento, elas vêm de uma dificuldade de três anos, arrastando e acumulando problemas; encerrando atividades e demitindo o que inviabiliza (o investimento)”, comenta Matias. 

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