Devido ao coronavírus, cresce número de trabalhadores em home office na última semana

O Ceará responde por 17% dos funcionários em home office do Nordeste

Escrito por Redação ,
Legenda: Levantamento revela que 38% dos trabalhadores da Região Nordeste não fez home office na última semana

Dos trabalhadores da região Nordeste que estava em esquema de home office na última semana, 17% estão do Ceará, de acordo com um levantamento realizado com usuários da Ticket (marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred). A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 22 de março, com mais 7 mil pessoas em todo o Brasil.

O estado nordestino com maior participação é a Bahia, com 28% do total da Região. Em seguida aparecem Pernambuco (22%), Ceará, Paraíba (8%), Rio Grande do Norte (8%), Alagoas (6%), Maranhão (5%), Piauí (3%) e Sergipe (3%).

No recorte da Região Nordeste, destaca-se o fato de 38% dos participantes revelarem que o seu local de trabalho não conta com uma política de home office, e que não a aderiram até o momento.

Já para outros 32% a empresa em que atuam já contava com uma política de home office, mas que houve modificações em razão dos casos de coronavírus no país; outros 21% relatam que suas empresas não contavam com uma política, mas que passaram a adotar o sistema na última semana; e outros 9% responderam que já contavam com um modelo de trabalho remoto, mas que não houve modificações em razão do coronavírus.

Para 48% dos entrevistados em todo o Brasil, a política de home office foi instituída para toda a organização na última semana, já para 23% foi aplicada somente para pessoas consideradas do grupo de risco, 14% apenas para colaboradores diretos, 1% para os casos de retorno de viagens, e 14% relatam outras questões.

O levantamento também mostra que 56% dos profissionais que estiveram em trabalho remoto são de organizações com mais de 500 funcionários, e o setor que já se destaca na adesão da modalidade são os de serviços gerais.

Dos trabalhadores que apontaram não estarem trabalhando em home office, 53% são de empresas com mais de 500 funcionários ; tendo entre os setores de destaque o de serviços, entre eles essenciais como segurança e limpeza, seguido da área da saúde, como clínicas, hospitais e planos de saúde.

Ferramentas
As ferramentas mais utilizadas pelos empregados da Região Nordeste no trabalho remoto são os grupos do Whatsapp e aplicativos de conversa (24%), a troca de e-mails (17%), ferramentas existentes na empresa (10%), o notebook (9%), vídeo-chamadas e ligações pontuais (9%), reuniões diárias por vídeo-chamadas (7%), telefone digital instalado no computador (3%); e em alguns casos não há um procedimento definido (7%), ou utilizam outras ferramentas (2%).

A pesquisa ainda revela outros dados relacionados à rotina, entre eles aspectos positivos como o fato de 12% dos participantes destacarem como benefício não terem que gastar tempo no deslocamento ao trabalho com o transporte público;  outros 12% estarem próximos da família; 10% o desafio de uma nova forma de trabalho; e empatam com 9% das opiniões a flexibilidade de horário e o conforto.

Já nos aspectos que os deixam insatisfeitos no trabalho à distância, os empregados apontam o isolamento (19%), o fato de não ter tanta informação da empresa (17%), o distanciamento dos colegas (16%) e a distração durante o dia (12%) como aspectos negativos. Para 14% é ruim por não contarem com uma estrutura em casa para o trabalho remoto; 8% destacam o baixo networking e 6% dizem que estão trabalhando mais em casa do que quando estão na empresa.

Na pesquisa, os empregados foram questionados sobre como a empresa em que trabalham está se adaptando para manter suas atividades durante o avanço do coronavirus. No recorte da Região Nordeste, destaca-se o fato de 38% dos participantes revelarem que o seu local de trabalho não conta com uma política de home office, e que não a aderiram até o momento.

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