Consumo de energia cresce 1,2% em dezembro

Dentre os ambientes de contratação, houve alta de 10,9% no consumo no mercado livre, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores

Escrito por Estadão Conteúdo ,

O consumo de energia elétrica somou 61.533 MW médios entre os dias 1º e 31 de dezembro, o que correspondeu a um crescimento de 1,2% na comparação com igual etapa de 2016, segundo dados preliminares de medição divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A geração de eletricidade no País, por sua vez, foi de 64.108 MW médios, aumento 1,5% na mesma comparação.

Dentre os ambientes de contratação, houve queda de 2,2% no consumo no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, e alta de 10,9% no consumo no mercado livre, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores. Tais comportamentos foram influenciados pela migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Ao desconsiderar a saída destas cargas das distribuidoras o mercado cativo registra um aumento de 0,9% no consumo de dezembro enquanto no mercado livre tem alta de 2,7% no período.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores crescimentos de consumo foram observados nos setores de metalurgia e produtos de metais (+9,5%), veículos (+9,3%) e têxtil (+7,6%), mesmo sem o efeito da migração na análise. As principais baixas foram registradas nos segmentos químico (-5,3%), de bebidas (-3,5%) e de minerais não metálicos (-2,9%).

Do ponto de vista da geração, a CCEE destacou o crescimento da produção das termelétricas, de 30,3%, e dos parques eólicos (+19 2%). Já as usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, geraram 6,1% menos que o verificado em dezembro de 2016.

A Câmara de Comercialização também informou a estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), em dezembro, equivalente a 79% de suas garantias físicas, ou 44.150 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o porcentual é de 79,5%.

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