Confira os principais gastos para montar a própria cafeteria

Curso de barista e torra, torrador, manutenção da máquina e montagem da estrutura.

Escrito por Redação ,

Quem quiser ultrapassar a venda do café e apostar em uma marca própria do produto, o recomendado é investir em um torrador em sua cafeteria, que pode ser encontrado de R$10 mil a R$ 55 mil.

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Também é importante fazer um curso de barista e principalmente de torra, para saber como manipular a máquina e as variáveis que podem ser trabalhadas no produto, como fluxo de ar, temperatura e tempo exposto a torra. Os treinamentos custam de R$ 2 mil a R$ 3.500, podendo ser encontrados em São Paulo e Recife, por exemplo.

R$ 1,5 milhão
Para abrir uma cafeteria, segundo Jefferson Deywis, proprietário da Benévolo, o investimento é em torno de R$ 15 mil, quando trata-se de uma estrutura menor, com máquina de cápsula, por exemplo. Dependendo da sua localização, tamanho do espaço físico, decoração ou máquina, o valor pode ultrapassar a faixa de R$ 1,5 milhão.

No caso da matriz da Benévolo, o fundador colocou R$1,2 milhão porque contou ainda com uma indústria de gelato no projeto. No caso da sua casa menor, o investimento foi em torno de R$ 380 mil.

"Depois, o gasto se resume em manter o especialista na área, quem possa executar essa torra e de gás. Um torrador de 5kg, cada botijão de 13kg suporta oito torras. Então, você imagina que o custo seria um botijão para cada 40kg de café torrado", resume. 

E quem fica responsável pela torra, explica Jefferson, geralmente também faz a manutenção preventiva da máquina, uma limpeza que deve ser realizada após cada torra, para não criar crostas.

Foto: Foto: Divulgação/Jarbas Oliveira

Por curiosidade, no caso de sua máquina de 5kg, é possível fazer torras menores, 20% da sua capacidade, até o máximo de 5kg. Na hora que o grão entra, há perda de umidade do café durante o processo, ficando mais leve. "No nosso caso, a cada 5kg, nós extraímos cerca de 4kg de café", completa.

Atualmente, para atender às três unidades da sua empresa e o fornecimento de alguns restaurantes e outras cafeterias, compra 50 a 60 sacas por ano, cada uma com 60kg.

Produção

Já àqueles que querem apostar no plantio, a dica é ter paciência e paixão pelo café, até porque são muitas as variáveis e poucas as garantias de ter uma boa safra todo ano. 

Quanto ao investimento, no Sítio Bem-Te-Vi, por exemplo, o proprietário Sérgio Patrício vai investir R$ 25 mil em cada um dos três hectares, nos próximos três anos, da área que irá expandir a sua atual plantação.

Isso inclui gastos com plantio, sistema de irrigação e manutenção. Depois da semeadura, é esperar. A primeira safra tem ciclo médio e demora cerca de três anos para dar o fruto perfeito para colher.

"1ha de café para ser rentável, para ele pagar o operacionável da propriedade, pelo preço que ele é vendido no mercado de commodity, que vai em torno de R$400 e R$500, ele tem que produzir 30 sacas de café", pontua Sérgio.

Atualmente, o café enquadrado de categoria especial, é cobrado no mercado cearense de R$ 2.500 a R$ 900, às vezes até menos, dependendo se a saca contém o grão do café já beneficiado (selecionado) ou não. Já o produto torrado, no caso do Café Uchôa, do Sítio Águas Finas, o preço é em torno dos R$ 5 mil.

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