Confiança do consumidor de Fortaleza é a maior em três anos

Apesar do otimismo do mercado consumidor, empresários ainda estão cautelosos

Escrito por Redação ,

O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza registrou o melhor resultado desde janeiro de 2015, segundo pequisa da Fecomércio Ceará divulgada nesta segunda-feira (10). O indicador avançou 3,1% neste mês, passando de 120,8 pontos em novembro para 124,6 pontos.

Conforme o levantamento, 49,9% dos consumidores entrevistados afirmaram ter boa percepção sobre o mês seguinte para a compra de bens duráveis. Outros 10,92% informaram ter ótima percepção, 30% disseram ter expectativas ruins e 9,8%, péssimas.

O resultado positivo da confiança dos consumidores foi influenciado pelo incremento dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente, que teve evolução de 4,5%, passando de 111,7 pontos em novembro para 116,7 pontos neste mês, e o Índice de Situação Futura subiu 2,2%, atingindo o patamar de 129,8 pontos em dezembro.

A maior parte dos entrevistados também se mostrou otimista quanto à situação financeira da família em relação há um ano (boa ou ótima para 70,3%) e em relação aos próximos 12 meses (87,4%), além da situação econômica do País no próximo ano (65,8%) e nos próximos 5 (72,7%).

A taxa de pretensão de compras teve expressivo aumento de 13,1 pontos percentuais, passando de 33,9%, em novembro, para 47,0% neste mês, alinhado ao índice observado no mesmo mês do ano passado (47,1%). Esse crescimento repentino em dezembro pode significar lojas cheias no final do ano com as compras para o Natal.

Destaca-se, na lista dos produtos mais procurados, itens de uso pessoal, como vestuário e calçados, mas é relevante a presença dos chamados bens de consumo duráveis, tais como eletrodomésticos e veículos. 

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É o valor médio estimado das compras no período, /a intenção de compra mostra-se mais elevada para os consumidores do sexo feminino (49,2%), para o grupo com idade entre 18 e 24 anos (52,9%) e com renda familiar acima de dez salários mínimos (60,7%).

Empresários

Na contramão desse otimismo dos consumidores está o dos empresários, que ainda estão cautelosos. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), apesar do resultado do bimestre novembro/dezembro ter tido um crescimento de 2,2%, passando para 96,7, o índice permanece no campo que indica pessimismo e inferior ao nível do mesmo período de 2017, quando mediu 102,7 pontos.

Apenas 37,3% dos entrevistados perceberam melhoras significativas na economia nos últimos doze meses e 91,6% dos consultados informaram que as condições gerais dos seus setores de atividade pioraram no período.

Apenas 40,2% dos entrevistados informaram intenção de contratar nos próximos seis meses e 93,4% preveem um baixo nível de inversão nos negócios.

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