Concurso para fiscais 'é uma possibilidade', diz ministra da Agricultura

Teresa Cristina faz hoje sua primeira visita oficial ao Ceará, quando percorre cidades do Norte do Estado

Escrito por Redação ,

Uma das principais demandas do setor agrícola no Ceará, a fiscalização de produtos (de origem animal ou vegetal) enviados ao exterior deve ser reforçado pelo Ministério da Agricultura. Em sua primeira visita ao Ceará, a ministra Tereza Cristina (Ministério, Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reconheceu o problema e avaliou que a realização de concursos para a área “é uma possibilidade”.

Lideranças do setor de agronegócio cearense dizem esperar da nova gestão do ministério a ampliação do quadro de fiscais e mais incentivos para impulsionar os produtores. Hoje, entre os principais gargalos citados pelos exportadores, está a fiscalização de produtos nos portos do Pecém, Mucuripe e no aeroporto de Fortaleza.

“Nós sabemos que é um problema no Brasil inteiro e deve ser reforçada essa fiscalização”, disse a ministra durante a visita à Fazenda Reijers, em São Benedito. Ainda nesta sexta, ela vai à Fazenda Amway Nutrilite do Brasil, em Ubajara, e a granja Emape, em Tianguá, onde terá um encontro com empresários, lideranças do agronegócio, produtores e autoridades locais.

Autocontrole
A ministra falou ainda sobre o episódio dos lotes de frango contaminado com salmonella recolhidos pela Perdigão e disse que pretende intensificar o autocontrole por parte das empresas. "Isso faz parte da política que o ministério quer, cada vez mais, implantar, que é o autocontrole. A empresa identificou (a contaminação) e nos comunicou", declarou a ministra.

"O ministério está auditando. E quem tem que cuidar da qualidade é a empresa, que fez isso, que é público. (...) A gente tem que dar publicidade e mostrar que as ações foram feitas rapidamente, retirando do mercado os contêineres (contaminados) e voltando para suas origens", Completou.

Exportação
Tereza Cristina confirmou que alguns lotes foram exportados, mas acrescentou que a maior parte ficou no mercado brasileiro. Ela ressaltou ainda que, se cozido, frito ou assado, o frango em questão não leva risco ao consumidor. "Ainda assim foi feito o recolhimento do produto. E isso mostra que o sistema está funcionando no nosso País", observou.

Segundo a BRF, proprietária da marca Perdigão, foram recolhidas 164 toneladas de cortes e miúdos de frango in natura no mercado nacional produzidos na planta de Dourados, no Mato Grosso do Sul (MS). De acordo com a Associação Cearense de Supermercados (Acesu), desse total, apenas 0,01% teria chegado ao mercado cearense, o equivalente a 16 quilos.

Além do Ceará, os produtos foram comercializados nos estados do Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

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