Compras para celebrar o Dia das Mães exigem atenção ao orçamento

Fazer um diagnóstico da situação financeira, estabelecer um valor que cabe no bolso e saber o que a presenteada quer ou precisa são algumas dicas de especialistas para que a homenagem não desequilibre as contas

Escrito por Redação ,
Legenda: Diagnosticar a situação financeira é o primeiro passo para estabelecer um valor para o presente
Foto: Foto: Bruno Gomes

Em um dia dedicado à figura materna, é comum ver filhos presenteando suas mães com o que podem dar de melhor. Na ânsia de proporcionar uma experiência diferenciada, alguns consumidores podem acabar gastando mais do que o orçamento permite, caindo no endividamento. Para evitar que a situação se torne uma bola de neve, é preciso tomar alguns cuidados. 

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Para o presidente do Dsop Educação Financeira, Reinaldo Domingos, o primeiro a ser feito é um diagnóstico das finanças. “Temos de ver a situação em que a família se encontra. Está todo mundo empregado, com dinheiro aplicado? Então, tudo é mais fácil. Mas ainda temos famílias que gastam exatamente o que ganham e aquelas em que os rendimentos já não são suficientes para cobrir as despesas".

Ele ressalta ser preciso investigar o que a mãe precisa ou deseja. “Às vezes, compramos algo muito caro querendo agradar, e ela queria algo bem mais simples. Foi gasto um alto valor e no final ela acabou nem usando ou gostando tanto. É aconselhável fazer essa investigação para não investir desnecessariamente”. 

O especialista ainda recomenda saber o valor exato do presente que cabe no orçamento. “É importante para que os filhos não caiam na inadimplência, nem preocupem as homenageadas. Quando uma mãe sabe da situação financeira do filho e recebe um presente muito caro, em vez de ficar feliz, ela fica preocupada em como o filho vai pagar”, destaca Domingos. 

Planejamento 

Segundo a diretora do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef), Darla Lopes, o ideal é que seja feito um orçamento para todo o ano, incluindo despesas fixas, presentes de datas comemorativas, viagens e outros. 

“Tem uma regrinha que chamamos de 50-30-20: 50% do orçamento deve ser destinado aos gastos fixos, como educação, saúde, alimentação, coisas que não é possível viver sem. 30% é para o estilo de vida da pessoa: academia, ida a restaurantes, lazer, e entram aqui os presentes. Os 20% restantes são para prioridades financeiras, quitação de dívidas quando houver, previdência privada, investimentos”, destaca a diretora. 

Ela pontua que, neste período de saída da crise, por mais confortável que seja a situação financeira da família, todos devem ter cuidados e ficarem atentos. “Pesquisar é sempre um bom cuidado. Ficar atento às promoções também. Algumas lojas anunciam descontos que nem sempre são verdadeiros. A decoração para a data também pode acabar deixando os consumidores empolgados e os fazendo levar mais do que o planejado. É preciso ter foco”, alerta. 

Criatividade 

Para quem não pode gastar muito, a dica é buscar alternativas mais baratas e recorrer à criatividade. “É comum a família se reunir nesse dia. Em vez de um almoço ou jantar, por que não um café da manhã, que, em média, sai mais barato? Se não for possível ir à uma padaria, o lanche compartilhado em casa também está valendo. Outra ideia muito legal é dividir o presente. É uma coisa mais cara ou a situação financeira não está boa? Junta todo mundo e divide o valor”, sugere Darla Lopes. 
 

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