Com temor a coronavírus, Bolsas despencam e dólar vai a R$ 4,23

Para investidores, o caso fugiu do controle chinês e pode ter grandes impactos na economia

Escrito por Redação ,
Legenda: No Brasil, o Ibovespa recua 3%, a 114.880 pontos, menor patamar desde 20 de dezembro. Com a queda de 2% do barril de petróleo, as ações da Petrobras caem cerca de 4%.
Foto: FOTO: Miguel SCHINCARIOL / AFP

Com um salto de 40% no número de mortos e infectados pelo coronavírus chinês de domingo (26) para esta segunda-feira (27), o mercado financeiro opera em aversão a risco. Para investidores, o caso fugiu do controle chinês e pode ter grandes impactos na economia. Até o momento, 81 pessoas morreram e 2.744 foram infectadas. Analistas avaliam que o dano econômico pode ser maior do que a epidemia do Sars (síndrome respiratória aguda grave), que deixou centenas de mortos em 2003.

"Naquela época, as economias estavam iniciando um movimento de expansão após uma grave crise; hoje, o mundo está exatamente na direção oposta, com as grandes economias lutando para impedir que uma desaceleração mais forte na atividade possa se tornar uma recessão. Caso o coronavírus estenda seus efeitos, os indicadores econômicos do 1º trimestre podem ser duramente impactados. E com os juros tão baixos mundo afora, os Bancos Centrais podem ter menos ferramentas para estimular as economias", diz relatório da Rico.

Nesta segunda, Bolsas de Valores de todo o mundo operam em forte queda. Europa e Estados Unidos têm os maiores recuos percentuais em mais de três meses: Londres, Paris e Frankfurt recuaram 2,5% e Dow Jones e S&P 500 caem 1,5%. A Nasdaq cai 1,7% e a Bolsa de Tóquio teve queda de 2%.

O mercado acionário chinês permanece fechado pelas comemorações do Ano Novo Lunar até 3 de fevereiro. À princípio, as atividades retornariam nesta quinta (30), mas o governo estendeu o feriado de modo a conter o vírus.

No Brasil, o Ibovespa recua 3%, a 114.880 pontos, menor patamar desde 20 de dezembro. Com a queda de 2% do barril de petróleo, as ações da Petrobras caem cerca de 4%.

A cotação do dólar comercial subiu 0,5%, a R$ 4,21, maior valor desde 2 de dezembro. O turismo foi a R$ 4,38. A grama do ouro sobe 1,8%, a R$ 215,80.

Em momentos de aversão a risco, investidores tendem a vender ações e comprar ativos mais seguros, como ouro e dólar.

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