China avança no comércio e fará grandes compras de soja e gás natural, diz Ross

Secretário do Comércio dos Estados Unidos afirmou que o país asiático tem mostrado avanços em diferenças comerciais

Escrito por Redação ,

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou nesta quinta-feira que a China tem mostrado avanços no diálogo bilateral sobre as diferenças comerciais. Segundo ele, o país asiático age para garantir maior proteção à propriedade intelectual e também fará "grandes compras de soja" e de gás natural americanos, sem citar valores.

A autoridade americana falou em entrevista à emissora Bloomberg. Questionado sobre a possibilidade de se materializar um acordo bilateral, Ross disse que há ainda tempo para se resolver as diferenças, após Washington e Pequim chegarem a um acordo para uma trégua de 90 dias. Ele comentou que, em maio, os EUA enviaram uma lista de 142 itens em que a China precisaria avançar no comércio. "Temos avaliação muito precisa sobre quais questões ainda temos de resolver", disse. De acordo com ele, o governo chinês já enviou resposta a essa lista, com itens nos quais pode avançar, em que já houve mudanças ou em que não é possível fazer alterações.

Ross disse na entrevista que o presidente Donald Trump não se comprometeu a intervir no caso da executiva da Huawei detida no Canadá. A chinesa Meng Wanzhou foi detida em solo canadense a pedido de autoridades americanas. Em declaração anterior nesta semana, Trump sugeriu que poderia agir no caso, se isso pudesse ajudar na chegada a um acordo com Pequim. Ross, porém, afirmou que o Canadá decidirá se extraditará ou não a executiva para os EUA.

Além disso, o secretário também comentou que o Canadá precisa primeiro decidir se extraditará ou não a executiva chinesa para os EUA. Meng é suspeita de agir com a Huawei para burlar sanções americanas ao Irã. "Vamos apurar se houve violação de sanções ao Irã ou não", afirmou.

O secretário de Comércio pediu ainda que o novo Congresso americano aprove o acordo fechado com México e Canadá, segundo ele muito superior ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), em questões como a proteção aos recursos naturais, regras de origem e outras.

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