Cesta básica fica 4,29% mais cara em Fortaleza

Entre os 12 itens pesquisados na Capital cearense, a maior variação de preços ocorreu no feijão, que subiu 16,82% na passagem de junho para julho

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

A inflação continua pesando no bolso do trabalhador fortalezense, que agora precisa gastar R$ 403,38 para adquirir o conjunto de alimentos básicos para uma família de quatro pessoas. O valor representa um aumento de 4,29% em julho, em relação ao mês anterior, de acordo com a pesquisa nacional de cesta básica de alimentos, divulgada hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Entre os 12 itens pesquisados na Capital cearense, a maior variação de preços ocorreu no feijão, que subiu 16,82% na passagem de junho para julho. Em seguida, aparecem o tomate (11,28%) e o leite (5,97%). A única retração registrada foi no valor da banana, que ficou 2,26% mais barata. Já o óleo não apresentou variação de preços.

Conforme o Dieese, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 22 das 27 capitais do Brasil em julho.  As maiores altas ocorreram em Boa Vista (8,02%), João Pessoa (5,79%), Manaus (5,27%) e Maceió (4,50%). As retrações foram verificadas em Florianópolis (-4,35%), Belo Horizonte (-0,64%), Belém (-0,60%), Porto Velho (-0,56%) e Brasília (-0,23%). 

São Paulo foi a capital que registrou o maior custo para a cesta (R$ 475,27), seguida de Porto Alegre (R$ 468,78) e Rio de Janeiro (R$ 448,28). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 362,63) e Rio Branco (R$ 371,94).

Entre janeiro e julho de 2016, todas as cidades acumularam alta. As maiores variações foram observadas em Goiânia (26,49%), Aracaju (24,05%) e Boa Vista (21,69%). Os menores aumentos ocorreram em Florianópolis (4,49%), Curitiba (7,26%) e Manaus (9,91%).

Salário mínimo

Com base na cesta mais cara, que, em julho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.992,75, ou 4,54 vezes o mínimo de R$ 880,00. Em junho, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes o piso vigente. 

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