Cearenses pagam R$ 1 bi a mais em impostos nos 20 primeiros dias de 2020

Ceará é o 6º estado do Brasil e o 3º do Nordeste na arrecadação de impostos deste início de ano, segundo os dados do Impostômetro, índice da Associação Comercial de São Paulo

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
Legenda: O desemprego elevado, a inflação mais alta e a subutilização da força de trabalho têm reduzido a pressão sobre reajustes salariais
Foto: Foto: Arquivo/Diário do Nordeste

Nos primeiros 20 dias de 2020 a arrecadação de impostos no Ceará superou em mais de R$ 1 bilhão o que foi captado no mesmo período do ano passado. Os dados são do Impostômetro.

Quando o valor é comparado ao mesmo período de 2018, a diferença é ainda maior: R$ 4,18 bilhões. Foram arrecadados R$ 34,15 bilhões  neste ano, seguido por R$ 32,93 bilhões em 2019 e R$ 29,97 bilhões em 2018. Diante dos dados, o Ceará é o terceiro estado do Nordeste em arrecadação de impostos. O ranking é composto por Bahia, Pernambuco e Ceará, consecutivamente.  

Segundo o economista Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon), o aumento nos valores não é necessariamente um sinal de que estamos pagando impostos mais caros.

Se você observa que tá havendo um crescimento de arrecadação e se a carga tributária está mais ou menos no mesmo nível que era dos anos anteriores, então isso se dá principalmente pelo maior volume da atividade econômica”, explica o especialista. 

O economista fala ainda sobre o aumento está relacionado com o nível de crescimento da atividade econômica do estado do estado, em relação aos anos anteriores.

“Se a gente observar, o Ceará vem crescendo mais do que a média nacional. Além do desenvolvimento principalmente das atividades da companhia siderúrgica do Pecém, que vem alavancando toda a arrecadação aqui do estado do Ceará”, afirma. 

O professor da Universidade Estadual do Ceará, Lauro Chaves Neto, fala sobre a expectativa para os próximos anos. “É esperado que nesse ano de 2020 e em 2021 o crescimento da economia seja mais do que o dobro do que foi nos anos anteriores. Isso se deve ao avanço das reformas, principalmente a aprovação da reforma da previdência, algumas medidas de melhoria no ambiente de negócios.”
 

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