Ceará perde 4,6 mil postos formais em julho

O resultado foi decorrente de 31.483 admissões e outras 36.160 demissões, culminando em um saldo negativo nunca antes visto no Ceará nos últimos 13 anos

Escrito por Redação ,
Após perder quase 2 mil empregos com carteira assinada em junho, o Ceará fechou julho com um cenário ainda pior para os trabalhadores locais, já que o Estado fechou outros 4.677 postos formais no mês, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério do Trabalho. Trata-se do pior resultado para o mês em toda a atual série histórica do Caged, que computa dados desde 2003.
 
O resultado de julho foi decorrente de 31.483 admissões e outras 36.160 demissões no Ceará, culminando em um saldo negativo nunca antes visto no Ceará nos últimos 13 anos, e que representa uma retração de 0,40% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada de junho.  No Nordeste, o resultado do Estado para o mês só não foi pior do que o registrado na Bahia, que fechou 7.285 postos formais no período.
 
Quase 30 mil no ano
 
No acumulado de janeiro a julho deste ano, o Ceará já apresentou um recuo de 29.671 postos formais, de acordo com a série ajustada do Caged, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Nos últimos 12 meses, verificou-se um declínio de 4,09% no nível de emprego do Estado, ou seja, 49.882 postos foram fechados.
 
Setores
 
Em junho, o desempenho ruim do mercado de trabalho cearense foi proveniente, principalmente, da redução do emprego nos setores dos serviços (-1.995 postos) e da construção civil (-1.556 postos). Indústria de transformação (-832) e comércio (-635) também foram destaques negativos, informou nesta quinta-feira o Caged.
 
Brasil
 
Nacionalmente, houve fechamento de 94.724 vagas formais de emprego em julho deste ano, informou o Ministério do Trabalho. O resultado do Caged no Brasil foi fruto de 1.168.011 contratações e 1.262 735 demissões no período.
 
O saldo ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro, que esperavam em julho fechamento de 147,2 mil a 81,4 mil vagas. Com isso, a mediana ficou negativa em 90,2 mil postos.
 
O número de postos fechados em julho deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 157 905 vagas. Porém, superou o fechamento de 91.032 vagas formais de emprego em junho de 2016.
 
No acumulado do ano, o saldo de postos fechados é de 623.520 pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002. No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou julho com 1 706.459 vagas formais a menos, também considerando dados com ajuste.
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